Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Trabalhadores da Educação paralisam atividades e protestam pelo 13º

Edição nº 1603 - 29 de Dezembro de 2017

Que férias, que nada! Com a chamada, “Natal da Educação sem 13º”, o Sind-UTE/MG chamou a classe à luta, sobretudo os  servidores do Estado que continuam trabalhando: pessoal do administrativo das escolas, das Superintendências Regionais de Ensino, auxiliares de serviços gerais em todo o estado, e  servidores  da Secretaria de Estado da Educação e foi para a rua nessa quarta-feira 27, para cobrar, mais uma vez, o pagamento do 13º Salário. 

A manifestação contou com a participação de servidores da grande BH e do interior mineiro, inclusive várias cidades do Triângulo que, mesmo em férias, aderiram ao movimento. E existe a possibilidade, inclusive de iniciar o ano letivo em greve.

De acordo com Maria Helena Gabriel, coordenadora regional do sindicato em Uberaba, que levou uma caravana a BH. “A revolta é geral e temos que agir neste momento em que a categoria está indignada com e a medida adotada pelo governador Fernando Pimentel”, alerta a coordenadora, informando que os servidores não aprovaram a forma de pagamento, e temem também pelo não-cumprimento do compromisso. 

“- Por diversas vezes o governo, que vem pagando salário parcelado, não honrou a data e atrasou o pagamento em até cinco dias. Por isto, acreditamos que, da mesma forma, pode acontecer com o 13° salário. Assim, temos de ir à luta, atender ao chamado do sindicato e, se possível, nem mesmo começar o ano letivo, fazendo greve para mostrar ao governo a nossa insatisfação”, afirma.

Já a coordenadora Geral do  Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, destaca que essa é a primeira vez que um governo mineiro não faz nenhum pagamento do 13º no mês de dezembro. "Nunca na história da Educação houve uma situação dessas. Já houve atrasos, parcelamento, mas ficar sem receber, nunca. E é inadmissível essa postura do governo, de dar tratamento diferenciado para algumas categorias em detrimento de outras.  O 13º Salário é um direito de todos, inclusive dos trabalhadores da educação, onde muitos  servidores que ganham menos de um salário mínimo líquido", lembrou a coordenadora. 

O ato foi realizado nessa quarta-feira, às 9h, em frente  ao Palácio da Liberdade. 

 

Sind-UTE cobra 13º na Justiça e denuncia desvio de recursos da Educação

O Sind-UTE/MG entrou com um Mandado de Segurança no Tribunal de Justiça, dia 18 de dezembro, para exigir que o Governo pague o pagamento do 13º salário e aguarda para qualquer momento decisão da justiça. 

“- O que nós argumentamos na ação basicamente é o direito de receber o 13º. Queremos o 13º para todo o funcionalismo da administração pública. Apresentamos dados ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais, para que a justiça possa analisar e se posicionar sobre os recursos que o governo tem para pagar 13º salário”, disse denunciando que o Estado usa dinheiro da educação para outros fins. 

 

“- O Estado deveria, para cumprir os 25% devidos à educação, constitucionalmente, ter investido até novembro mais de R$ 9 bilhões. Análise de execução do Orçamento do Estado feita pelo DIEESE demonstra que o Estado está utilizando recursos da educação para outros fins que não são da área”, denunciou  Cerqueira.