A entrega da Medalha da Inconfidência, em Ouro Preto, no dia 21, foi marcada por protesto de servidores, sindicatos e movimentos sociais mineiros. De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE MG), o ato na Praça da Rodoviária reuniu cerca cinco mil pessoas. De Sacramento, a presença dos professores Júnior Soares, Thais Vilas Boas, Moisés Pansani, Maria Luiza Borges, Walnilda Batista, Lúcia Suavinha, Leomara Souza, Beatriz Florentino, e a professora aposentada Augusta de Souza Furtado, presidente do Sind-Ute/Sacramento e a voluntária Cláudia.
A manifestação dos trabalhadores em Educação foi contra as reformas da previdência, trabalhista e contra a terceirização do trabalho. Conforme o sindicato, houve grande adesão de professores e trabalhadores da educação, que também cobram o pagamento retroativo do piso nacional.
A coordenadora-geral do Sind-UTE e presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Minas Gerais, Beatriz Cerqueira, participou do ato. Ela estava entre os agraciados com a medalha, mas decidiu não se juntar às personalidades homenageadas. O sindicato informou que ela agradeceu a indicação, mas entendeu que deveria ficar ao lado da categoria. No local, segundo os participantes, houve um início de confusão quando um policial tentou rebocar um carro dos manifestantes.
“- Eles maquiaram de certa forma a verdade, dizendo que podíamos ir e vir e participar da solenidade, mas mentira. Havia centenas de polícias, para todos os lados. Não podíamos ficar movimentando. Para chegarmos ao hotel e tomar café, passamos por vários batalhões e fomos escoltados durante todo o trajeto, entraram na nossa van, revistaram-na e, nem mesmo os moradores puderam participar”, afirmou a representante do Sindicato.