Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Salário mínimo sobe menos que inflação

Edição nº 1552 - 06 de Janeiro de 2017

No final de janeiro, os trabalhadores de 19 estados brasileiros mais o Distrito Federal vão receber um novo salário mínimo, R$ 937. Sete estados podem ter um salário de valor diferenciado (Ceará, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo) porque têm legislação de piso próprio. O valor representa R$ 2,29 a menos que a inflação de 2016, segundo o INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor), calculada em 6,74%. 

O governo Temer aplicou sobre o reajuste um redutor de R$ 2,29, "resultante da diferença entre o valor observado para o INPC em 2015 e estimativa aplicada para o cálculo do reajuste do salário mínimo de 2016", segundo o Ministério do Planejamento.

Por lei, o reajuste do salário mínimo tem que ser feito com base na inflação apurada no ano anterior e na variação do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes (2015). Como esse indicador encolheu 3,8% naquele ano, ele não foi considerado na conta. Portanto, este ano, nada de aumento real (acima da inflação), pelo contrário, foi menor.

A correção do salário mínimo altera os valores de benefícios sociais, como o seguro-desemprego e o seguro-defeso, pago a pescadores. O reajuste também trará correções na tabela de contribuições ao INSS. Os empregados que recebem salário mínimo e que recolhem 8%, a contribuição passa de R$ 70,40 para R$ 74,96, o mesmo valor da contribuição dos empregadores.

Já os aposentados, a exceção dos que recebem até um salário mínimo, que terão o mesmo aumento, devem ter um reajuste inferior, a ser anunciado no próximo dia 15.