O Rock In Sacra, na sua quinta edição, dia 15 último, realizado pela primeira vez no Parque de Exposição 'Hugo Rodrigues da Cunha', reuniu um grande público que prestigiou e aplaudiu as 13 bandas (veja box) que se revezaram no palco entre 12 e 22h, logo após a abertura do evento, feita de forma brilhante pelo Coral da Apae.
Idealizado e organizado pela arquiteta Virgínia Dolabela de Lima, então diretora de Cultura da Secretaria de Cultura e Turismo de Sacramento, o I Rock In Sacra foi realizado nos dias 13 e 14 de julho, no ano de 2012, com a participação de oito bandas e o Projeto Vitrola, de Ernani Baraldi. O evento foi realizado através da Fundação Cultural Ir. Maria Benigna de Jesus e com o apoio do Grupo Prosa Boa e Arte, criado pelo sociólogo, Júlio César Pereira. (Jornal ET, edição n° 1319 - 20 Julho 2012).
Bandas do Rock in Sacra
De Sacramento:
Rafael Crema,
Mr. Dark Blue Eyes,
Rota 22,
Artigo 23,
Beatu Salu,
Tia Inês e
Grupo de Dança Isd Crew.
De fora:
Ravena (Patr. Paulista)
AP7 (Uberlândia)
Projetc Black Pantera (Uberaba)
Carnívora (Araxá) e
Noturno Blues Rock (Franca).
Desde 2015, evento beneficia uma entidade
A partir de 2013, o Rock In Sacra, como evento independente, passou a ser realizado na rua e assim foi por quatro anos, conforme explica um dos atuais coordenadores, o advogado Thiago Scalon Silva.
“- O Rock In Sacra iria morrer... Para que o mantivéssemos vivo e ocorrendo sempre no Dia Mundial do Rock, 13 de julho, um grupo de amigos decidiu bancar o evento, a partir de 2013, com nova roupagem: independente e realizado na rua, evidentemente aberto a quem quisesse ajudar e patrocinar”, ressalvou, informando que a partir de 2015 o grupo decidiu dar um cunho social específico para o evento, distribuindo a cada ano a renda arrecadada para uma entidade beneficente da cidade, a exemplo do Live Aid, que foi realizado em 13/07/85, com o objetivo de arrecadar fundos em prol dos famintos da Etiópia. “No nosso caso, a Santa Casa foi beneficiada em 2015, o Lar São Vicente no ano seguinte e, em 2017, a Apae recebeu a doação”, informou.
Este ano, os organizadores tiveram o apoio da Prefeitura, que cedeu o espaço, o som, o palco e a iluminação. “O restante ficou por nossa conta, como tendas e gerador de energia. Queremos que esse evento continue com essa filosofia sustentável, união entre amigos, entre raças, todos em prol do Rock e da solidariedade”, ressalta Scalon.
Além de Thiago, trabalha na organização um grande grupo de pessoas, dentre elas Marconi Scalon, Vinicius Montanari, Dênis Balduino, Saulo Amui, Míriam Oliveira, Vinícius Zandonaide, Rogério Oliveira, dentre outros.
O pianista Saulo Amui, que participou de quatro dos cinco últimos festivais, trocou o evento de 2016 por um mais importante, o nascimento do seu segundo filho. “Só não marquei presença, mas participei da organização na parte virtual”, disse em entrevista ao ET, ressaltando que o Rock In Borá o deixa muito feliz. “É um evento que nos deixa muito felizes, porque traz uma vibração muito bacana, reúne família e amigos para curtir um estilo musical que todos gostam. Para nós da organização é motivo de orgulho”, reconhece, acrescentando que o sonho dos organizadores é trazer uma banda de renome nacional para brindar o público e encerrar o evento.
Susney Jerônimo, diretora da Escolinha Tio Toffe (Apae), feliz, agradeceu a contribuição do evento à instituição. “Muito bom o convite do grupo para estarmos aqui, sobretudo, pelo caráter inclusivo, pelo trabalho que fazemos e pela parte financeira, que sem dúvida nos ajuda muito”, destaca, exaltando o trabalho da família apaeana. “Funcionários, voluntários, diretoria executiva, enfim, todos abraçam a causa e estão sempre ajudando e participando das promoções da Apae”.
Para Geovanne Medeiros Jerônimo, curtindo o evento com a esposa e filhas, o Rock In Sacra é um evento muito importante para a cidade. “É um estilo musical que tem muitos simpatizantes, é um evento bonito, alegre, que reúne famílias, pessoas de todas as idades. O rock aqui virou uma família. É um bom lugar para curtir com a família e amigos e percebo que a cada ano cresce mais. São eventos que nos tiram da frente da TV e nos ajudam a esquecer um pouco os problemas, o que não falta no Brasil de hoje”, comenta.
Marcelo Salomão, também curtindo o evento com a esposa Cristiane e a filha Júlia. “Todo ano estou aqui e muito feliz, porque o Rock and Roll estava um pouco esquecido. É como curtir e ouvir coisa boa. Temos, sim, que resgatar esses momentos. Para dar nota? – A minha é acima de 10, é 10,5...”, afirma. Destaque-se que a filha Júlia 11 vestia uma camiseta do Ozzy, herança do pai e que tem mais de 20 anos. “Guardei a camiseta, porque sabia que teria filhos para usar a camiseta...”