Representantes dos Procons de 13 cidades do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba reuniram-se em Uberaba, no dia 20, no I Encontro Regional de Procons Municipais para debater diversos temas relacionados à defesa do consumidor e a importância do órgão no Município. A regionalização é positiva, na avaliação dos organizadores, pois, além de facilitar o acesso, os encontros regionais são mais eficientes, pois acontecem entre cidades que possuem problemas comuns.
“- Foi um encontro muito positivo, porque pudemos regionalizar os assuntos, tratando especificamente de questões relativas à nossa região, onde os fornecedores, são praticamente, os mesmos e, os problemas acabam sendo os mesmos. Além disso, temos a vantagem de que as questões sao tratadas com mais afinco e rapidez, por se tratarem de cidades menores”, avaliou a coordenadora do Procon Sacramento, Marcela Prado De Santi, observando que os encontros na capital não deixam também de ter sua importância.
De acordo com a coordenadora, foram abertos espaços para as empresas Algar Telecom e Samsung para explicarem as reclamações mais comuns dos consumidores, apresentarem os canais de atendimento e a forma como funcionam para que o consumidor possa manter o contato direto com essas empresas, além dos canais de atendimento disponibilizados aos Procons.
“- Enfim, eles explicaram o que estão fazendo no sentido de atender o consumidor de forma direta, de forma que as informçoes passadas melhorem a reação fornecedor/empresa levando à diminuição das demandas”, justificou, informando que houve também uma palaestra proferida pela Promotora de Justição do Direito do Consumidor, Gláucia Vasquez, que focou o direito dos consumidores e a função dos procons municipais.
Telefonia é ainda a principal demanda nos Procons
A respeito das principais demandas dos consumidores na região, Marcela aponta o serviço de telefonia continua liderando as reclamações não apenas na região, no país. “A telefonia é um desafio para nós, e creio que por muito tempo ainda, em especial a OI que lidera o ranking, por ter talvez a concessão da telefonia fixa na nossa região”, informa, ressaltando que o problema deve ser tratado na esfera federal.
“- Infelizmente, os call center não funcionam a contento, ou seja, efetivamente. O consumidor não consegue ter acesso direto com a empresa. E quanto tem acesso, a relação entre consumidor e empresa é muito confusa”, explica.
A segunda demanda e a mais comum é a compra de produtos com vícios ocultos, defeitos de fabricação. “São problemas diversos e quando o consumidor consegue assistência técnica o serviço não é satisfatório, os produtos voltam com defeito e a empresa quer que reenvie novamente para o conserto, o que não é o correto. Conforme o art. 18, nesse caso, o consumidor tem direito a um novo produto ou o dinheiro de volta, corrgido monetariamente”, ressalta Marcela.
Os bancos vêm em terceiro lugar nas demandas ao Procon. Conforme Marcela, em questões afetas a seguros, contratos e empréstimos.
Outro problema comum, de acordo com Marcela, é a negativação no SPC e SERASA, a negativação indevida, quando o consumidor nem sabe que está negativado e porque isso aconteceu e muitas vezes a negativação é indevida, porque a empresa não tentou um acordo.
Finalizando, Marcela destaca que as demandas são praticamente as mesmas na regiaõ, envolvendo sempre as mesmas empresas. “Esse primeiro encontro foi de muita valia e vão continuar acontecendo, para discutirmos, aprimoramos conhecimentos e a forma de atender os consumidores de forma rápida e efetiva”, finalizou.