Cerca de 18 crocheteiras da cidade passaram a tarde dessa quarta-feira 5, na Loja Ali Charchouh, num curso ministrado por Luana Dantas Jaworski, profissional da Linha Círculo, uma das maiores indústrias têxteis do país, fundada há 78 anos na cidade de Gaspar, em Santa Catarina, para produzir fios e linhas para trabalhos manuais a partir do algodão.
“- Muita gente passou pela Círculo antes de nós. Nossas avós, bisavós começaram com a linha Clea, a mais antiga da Círculo. E hoje ela ministra cursos no Brasil inteiro para difundir os trabalhos manuais. E aqui estamos trazendo vários trabalhos, passando conhecimentos, amostras, mistura de cores tudo com a linha Círculo, que patrocina o curso. As crocheteiras compram a linha e nós damos o curso. E o curso é ministrado numa loja representante da Círculo”, explica, acrescentando que no final do curso cada uma leva o seu trabalho para casa.
Para Luana, o segredo da Círculo nesses 78 anos é a qualidade dos produtos e investimentos em linhas e outros produtos. Além da linha, a Círculo tem o ramo de patchwork, lã e agulhas diversas.
Ali Charchouh vende a Linha Círculo há mais de 78 anos
A Loja Ali Charchouh é hoje o mais tradicional estabelecimento no ramo na cidade. Está há 80 anos no mercado e no mesmo local (esquina da rua Antonio Carlos com a av. Capitão Borges), hoje, sob a direção do advogado, Jamil Salim Leme, filho de Ali Charchouh, o fundador da casa.
“- Neste local a loja tem 80 anos, mas ela começou na Antonio Carlos, na esquina com a av. Cônego Julião Nunes, na esquina do semáforo. De lá, papai passou para este endereço onde estamos até hoje. E começou a vender a linha Círculo desde que ela começou a comercialização. Com a morte de papai, assumi a loja e com a colaboração de minha irmã, Linda, a loja continua aberta como papai sempre quis. E continuamos parceiros da Círculo. Os bons produtos e o atendimento especial a nós dedicados mantém essa parceria”, justificou Jamil.
O representante comercial da Círculo na cidade, Leandro Barroso Mendonça, afirma que a loja Ali Charchouh é a maior vendedora de linha Círculo da cidade.
Para Mariara Carolina Marques da Silva Araujo, que faz crochê desde os nove anos e hoje tem a prática como fonte de renda, sempre há espaço para mais conhecimento. “Aprendi a fazer crochê com minha avó, Valdeci, e nunca mais parei. E há três anos faço para comercializar”, revela, reconhecendo a importância do curso.
“- No crochê, não podemos dizer que sabemos tudo, ele é um leque aberto, que sempre traz novidades, novos pontos, novas flores e um curso desses é muito válido”, afirma,, completada por outra crocheteira, Maria do Rosário Oliveira Costa: “Faço crochê há mais de 50 anos. Eu já sabia e sei muita coisa, mas não sei tudo. As novidades no crochê nunca acabam. Aqui hoje aprendi a fazer novas flores, novas tramas, mas ainda tem uma que quero aprender a fazer, é em 3D. É muito difícil, mas ainda vou aprender”.