Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Caixa lança Plano Safra de 2018

Edição nº 1580 - 21 de Julho de 2017

A Caixa Econômica Federal (CEF) lançou na manhã dessa quinta-feira 20, o Plano Safra para o ano agrícola, 2017/18. As informações foram dadas ao ET pelo novo gerente João Martins de Abreu. “Realizamos um café da manhã para mostrar a alguns convidados ligados ao setor que a Caixa está entrando cada vez mais no crédito rural. Estamos fazendo financiamento de custeio agrícola e pecuário”, informou, lembrando que antes a CEF era proibida por lei a operar nessa linha. 

“- Para se ter ideia, até 2012, a Caixa não podia nem pegar uma propriedade agrícola como garantia de financiamento, quanto mais financiar crédito rural. Hoje, a Caixa está autorizada a aceitar uma propriedade agrícola como hipoteca e, também, a financiar crédito rural. Começamos meio tímidos, mas a meta é cada vez crescer mais e, hoje, é o lançamento oficial do Plano Safra 2018”, festejou

 Outra vantagem oferecida pela Caixa, segundo o gerente, são os juros. “O Crédito Rural de forma geral trabalha com uma taxa de juros bastante atrativa, muito em conta, ainda mais que foi reduzida em um  ponto percentual, em relação a 2016/2017. A taxa de juros para o médio produtor ficou em 7,5% ao ano e, para os demais produtores, que não se enquadram na categoria de médio produtor, a taxa ficou em 8,5% ao ano. O produtor tem o prazo inteiro do plantio até a colheita e mais 60 dias para fazer o pagamento”, finalizou.

 

Prefeito prestigia lançamento 

Para o prefeito Wesley De Santi de Melo (Baguá) é muito importante a entrada da Caixa Econômica Federal nessa linha de crédito, quase exclusiva do Banco do Brasil. “É uma concorrência e uma opção a mais para o produtor, assim como a Caixa está financiando safra agrícola, o BB passou a operar na linha de financiamento de imóveis. E como o momento atual é de muita dificuldade de crédito, tanto que os produtores estão buscando financiamento junto às empresas, sem tanta burocracia, com a entrada da Caixa no mercado, é uma opção a mais para o sofrido produtor rural”, analisa o prefeito, que também é produtor rural. 

O Agrônomo Luiz Epifania, consultor da Coplan, que faz consultoria em projetos agrícolas, destaca a importância de mais uma instituição financeira voltada para o crédito rural.

“- Grande parte dessa fatia, antes, era do Banco  do Brasil, ainda o maior detentor de financiamentos rurais no país, temos também o Sicoob e, agora a Caixa, que começou há duas safras. Isso é muito bom para os produtores rurais”, avaliou, enumerando outros entraves.

“- É interessante ter o dinheiro, mas hoje está muito difícil pegar o crédito por conta de algumas exigências da questão ambiental e o custo cartorial. A parte ambiental tem que estar em cima, assim como o georreferenciamento, mas o que mais incomoda hoje o produtor é o custo cartorial, que está muito alto e tem dificultado os produtores a terem acesso ao crédito rural. Se antes cobravam 'x', hoje estão cobrando 10 'x', em virtude de uma liminar que estava impetrada contra os cartórios e foi derrubada”, exemplificou.