Alteração e revogação de leis para a criação de cargos aprovados por 6x2

Na votação do PL nº 3, que altera e revoga dispositivos das leis municipais nº 1.451/16,  nº 900/04, nº 1.307/13 e 1.429/15,   dois vereadores se manifestaram contrários ao projeto que cria cargos: Henrique Spirandelli Andrade e Leandro Araújo (Desemboque). Spirandelli sugeriu a realização de concurso público para diversos cargos nas áreas do Direito, Recursos Humanos, Engenharia, Turismo, Assistência Social, dentre outros, destacando a necessidade de cautela nas finanças e zelo com o erário público. 

“- Nós estamos aqui para fazer o futuro de Sacramento e temos a oportunidade de moralizar isso, para não virar cabide de emprego. Aprovando o projeto, nós vamos criar cargos que foram extintos”, alertou o vereador.

Desemboque lembrou que se o ex-prefeito não fizesse a reforma administrativa não teria sido bom o final de seu governo. “Teriam sido muitos gastos com cargos. Voto contrário, não por marcação política, mas pela situação porque passa não só Sacramento, mas todo o país”, frisou, e diante da iminência da aprovação, pediu que as vagas sejam preenchidas por desempregados sacramentanos.

Favorável à alteração e revogação das leis, Luiz Devós apontou a necessidade como uma emergência. “Por que o ex-prefeito Bruno Cordeiro, ao invés de extinguir os cargos, não demitiu os funcionários? Ele os conservou. Se fosse para economizar teria demitido no ato em que aprovou a lei e não o fez”, criticou, classificando o projeto como de emergência e apontando vários funcionários com desvio de função. 

“- Vejo, por exemplo, no almoxarifado,  mecânico sendo porteiro,  recepcionista, motorista tudo ao mesmo tempo, portanto trata-se de uma emergência para a máquina continuar andando e quem faz a máquina andar é esse pessoal mais simples, que trabalha no dia a dia. E o prefeito sabe das dificuldades, ele não vai sair contratando sem saber se poderá pagar amanhã”, afirmou declarando-se favorável e sugerindo que o prefeito realize um concurso público. 

Na mesma linha, opinou Marcos dos Santos Pires, destacando que “o governo anterior usou toda a estrutura extinta, 233 cargos com 50% de GER e cortou no final do governo, extinguindo a metade dos cargos, a maioria deles de menores salários. Conforme os dados que temos em mãos, o prefeito Wesley não está aumentando cargos nem onerando o município, está fazendo isso para atender às necessidades da governo”. 

O vereador Matheus Fonseca Bizinoto lembrou que o prefeito Baguá em 2012 teve apenas 112 cargos comissionados. Esclareceu que, sem a revogação o prefeito estaria impedido de contratar servidores, sobrecarregando os atuais ocupantes de cargos. Também Maurício Alves Rodrigues se manifestou favoravelmente. O projeto foi aprovado por 6 votos a 2.