Réu que provocou morte de Maria do Jó é condenado a 21 anos

Os réus, Marcelo Donizete da Silva 35 e Raimundo Nonato Correa da Silva, 27 foram condenados, respectivamente, a 3,5 anos  a 21 anos de reclusão, conforme sentença proferida pelo juiz Stéfano Renato Raymundo, em júris realizados nos dias 25 e 27 últimos.

Marcelo foi julgado e condenado por tentativa de homicídio contra Teresinha Maria da Silva, no dia 31 de janeiro de 2014, mediante emboscada. Conforme  os autos, Marcelo esconde-se no matagal ao lado da avenida Ana Cândida de Oliveira, próximo a um atalho usado pelos moradores do bairro, e ao ver a vítima, Teresinha, na época com 80 anos, atirou-se sobre ela e sem motivo passou a agredi-la com chutes e socos, deixando-as desacordada no local ate ser encontrada por populares que a levaram ao pronto socorro.
 Recobrando a consciência, a vítima informou quem era o autor, que ao ser preso em casa, afirmou que 'sente prazer em espancar mulheres idosas'. Sua intenção, de acordo com a peça acusatória, foi de matá-la.
A pena para Marcelo, que estava preso desde 2014, foi inicialmente fixada em 12 anos, que com os atenuantes foi reduzida a três anos e seis meses de reclusão. Pelo fato de ser considerado semi-imputável (pessoa com doença mental ou retardo)  será internado  em Hospital de Custódia  e Tratamento Psiquiátrico.
“- Nunca é demais ressaltar que o acusado já cumpriu pena por estupro no Estado de São Paulo e responde a três processos de tentativa de homicídio em situações semelhantes, onde consta uma condenação com trânsito em julgado em relação a um processo  e uma nova condenação pelo Tribunal do Júri na data presente. Desta forma, a concessão da liberdade ao acusado sem que seja submetido a tratamento de internação colocará em risco a integridade física de populares inocentes, em especial mulheres idosas”, justificou o juiz na sentença.
Raimundo Nonato Correa da Silva, natural de Chapadinha, município de Bacabal, no Maranhão foi julgado e condenado a 21 anos de reclusão por homicídio qualificado, por motivo fútil, meio cruel e com recurso que dificultou a defesa da vítima, Maria de Lourdes Rosa (Maria do Jó), na época com 80 anos.
Conforme os autos, no dia 15 de setembro de 2010, em razão de lhe ter sido cobrada uma dívida de R$ 72,00, relativa a aluguel, água e luz atrasados, Raimundo saiu e retornou cerca de duas horas depois permanecendo encostado em um poste com as mãos para trás, com uma garrafa pet com combustível – testemunhas sentiram forte cheiro de gasolina – e, aproveitando-se de um  momento em que ficou sozinho com a vítima jogou sobre  ela o combustível e ateou fogo, que causou graves lesões à vitima, causando-lhe a morte.
Os júris foram presididos pelo juiz Stéfano Renato Raymundo; acusação a cargo do promotor de justiça, José do Egito de Castro Souza e a defesa do réu ficou a cargo do defensor  Beno B. Koats.