Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Morre o desportista Ademaro Santana

Edição nº 1548 - 09 de Dezembro de 2016

O desportista Ademaro Silvério Santana (foto), 89, ex-técnico e presidente do EC Marianos,  morreu dia 26 último, às 22h20,  na Santa Casa de Misericórdia, vítima de falência múltipla dos órgãos, após permanecer  três  dias internado com problemas de erisipela. Ademaro foi velado por  familiares e amigos  e, após as exéquias,  foi sepultado no Cemitério São Francisco de Assis, no dia seguinte.
Há dois anos, Ademaro vinha enfrentando problemas de saúde provenientes de uma erisipela nas pernas,  que se agravaram nos últimos meses impedindo-o até de andar. O seu quadro piorou dia 23, quando foi internado na Santa , ficando sob cuidados médicos até na noite de sábado, quando morreu.
Sacramentano, da região da Mumbuca, ali permaneceu junto às lides rurais com os pais, até os 20 anos quando veio morar na cidade. Fazendo uma sociedade com os irmãos,  Calimério e Adionato e Tomás Abrate, comprou uma bar na rua Clemente Araújo e ali trabalhou alguns anos.
Em 1957 casou-se com Naídis (Neném) Alves Santana com quem viveu 59 anos e teve os filhos, Nelson (Andreia), Inês (falecida), Rosa Maria (Ismar Luiz), Ana Lúcia (Alessandro) e a filha do coração, a neta Luiza, criada por eles desde bebê, depois da morte dos pais, vítimas de acidente. Ademaro deixa ainda nove netos e dois bisnetos.
Finda a sociedade no bar, cada um dos irmãos seguiu sua vida e Ademaro abriu uma tinturaria, na rua Major Lima, prédio da antiga Livraria do Tio Buck. Mais tarde fechou o estabelecimento e passou a trabalhar na Mendes Júnior, como barrageiro, primeiro em Sacramento, depois em Volta Grande. Enfim, a família retorna a Sacramento, quando Ademaro e Neném passam a  administrar a Pensão Moreira, do sogro Irineu Moreira, por 16 anos, quando se aposentou.
 Ademaro teve duas paixões na vida: a família e o EC Marianos, time onde foi técnico e presidente várias vezes, desde a sua criação, oficializada em 1958. “Quando nos casamos, Ademaro já tomava conta daquele time. Não sei desde quando, mas foram muitos, muitos anos ali. Ele tinha paixão pelo futebol, principalmente pelo Marianos e Cruzeiro. Ele me deixava sozinha cuidando da pensão por conta de futebol, saía pra viajar com o time. Ele amava aquele Marianos, cuidava como se fosse coisa sua”, recorda Neném, ainda sentida pela perda.
 “- Ademaro foi  sempre um homem muito sistemático, fechado em si, mas vivemos anos de muita felicidade. Criamos os filhos com dedicação e amor. Meio cabeça dura e de pouca prosa, mas ao mesmo tempo, dentro de nossas possibilidades, fez tudo pelos filhos, estudos e constante apoio. Ademaro era muito amoroso e dentre os filhos, acho que a mais querida para ele foi a Luiza, netinha que criamos como nossa filha. Ademaro tinha um carinho, um zelo extremado por ela”.