Antigo e benquisto alcaide da Bucolândia sofreu por parte da oposição toda sorte de perseguição e ouviu infâmias assacadas contra ele e sua família. Já velho e alquebrado, mas firme em suas convicções, lembrava junto aos amigos velhas passagens. Uma delas, veio à tona, Maria Linguiça que se manifestava nas ruas, xingando quem quer que fosse, não perdoando sequer o alcaide. Acamada a pobre mulher e com poucas esperanças, um dos correligionários vai ao ex-prefeito: “Dr, fulana de tal está muito mal. O Sr. vai lá visita-la e perdoá-la? Responde o pessedista (político ligado ao PSD, partido da época): “Olha, eu já a perdoei há muito tempo. Não sei se ela me perdoou. Udenista (idem, ligado à UDN) guarda o ódio na geladeira...”
(Do livro, No Reino da Bucolândia, de Saulo Wilson)