Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Bucolândia & coisas mais...

Edição nº 1535 - 16 de Setembro de 2016

 Zé Tomé era um valentão da Bucolândia, o Sacramento antigo, e temido em todos os povoados. Por qualquer 'dá cá aquela palha', provocava um quiproquó que terminava sempre em pancadaria. Montado numa mula baia, chapéu de abas largas, entrava no primeiro boteco, pedia uma pinga e esculhambava quem lá estivesse... Ninguém tinha peito para enfrentá-lo, até que chega à Bucolândia um caboclinho franzino, mirrado, baixinho, coxo e cego de um olho. Sentado no botequim, tranquilo, bebendo sua cervejinha, quando Zé Tomé com punhal em punho.
“- Vassuncê é estranho aqui, vai logo desfiando seu rosário pra mode eu sabê de que lado cortá sua oreia”.
Sem se intimidar, o caboclinho, ligeiro, saca de um 38 e mete uma bala bem no meio da testa do Zé Tomé...
“- Você matou o homem...” disseram apavorados os circunstantes!
“- Eu, não, quem mata é Deus. Eu só fiz o furo” – respondeu, cheirando o cano do berro.
(Veja o final da história no livro de Saulo Wilson, No Reino Encantado da Bucolândia)