Com seu nariz proeminente, o Prof. Deodato, mais parecia um bico de tucano, naqueles velhos tempos da Bucolândia. Mas ai de quem ousasse criticar o nariz grande do professor. Numa das tertúlias, depois de dizer algumas banalidades ao colega, Prof. Iulius, recebeu de troco o célebre epigrama de Bocage:
“Nariz, nariz, nariz / Nariz que nunca se acaba.
Nariz que se desaba, / Fará o mundo infeliz.
Nariz de massa infernal, /
Nariz que Newton não quis / Traçar a diagonal.
Nariz que, se o cálculo não erra,
Posto entre o céu e a terra / Fará eclipse total.
Deodato resmungou, fungou, xingou e Iulius retrucou:
Nariz, nariz, nariz / Nariz que nunca se acaba
Começa na Bucolândia / Termina em Uberaba.