Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Banda Lira do Borá tem novo maestro

Edição nº 1524 - 01 de Julho de 2016

O músico subtenente Paulo Constâncio da Silva Júnior, da 5ª Região da Polícia Militar, de Uberaba, assumiu o cargo de maestro da Banda Lira do Borá, honroso lugar deixado pelo pai, Paulo Constâncio da Silva, que morreu dia 18 de março último. Desde então, a banda vinha sendo, provisoriamente, regida pelos músicos Walter Rios e Thales Bianchini.

Recebido festivamente pelos músicos dia 18 último, com o dobrado, Dois Corações, o novo maestro se emocionou ao falar pela primeira vez com seus alunos. E haja coração, para o primeiro ensaio! “A emoção no primeiro momento foi difícil de conter, a saudade é grande, é impossível não senti-la. Mas ao mesmo tempo que temos a  saudade,  há a alegria de saber que meu pai pôde realizar um trabalho com tanto amor e carinho, como ele tinha por essa banda. E espero que Deus me dê muita luz para que eu possa dar continuidade a esse trabalho realizado por ele ao longo desses anos”, disse em entrevista ao ET, fazendo um singelo comentário.
“- Sou suspeito para falar, mas vou repetir, que o trabalho que meu pai fez foi muito bom. No primeiro dia que estive aqui, o Waltinho e alguns músicos pediram pra mostrar o um pouco do que aprenderam. Fiquei surpreso. Não que eu esperasse algo inferior, mas pelo tempo que eles ficaram sem tocar, pelo lado emocional que eles viveram, de perder repentinamente o maestro, eles tocaram maravilhosamente. É um trabalho maravilhoso que vamos dar continuidade”.
Ainda na ativa, o maestro Paulo explica que vai conciliar a banda às atividades no quartel. O trabalho vai depender de sua disponibilidade, mas destaca que “a vontade muitas vezes supera a disponibilidade. Vivemos dias corridos, tempos difíceis, trabalhosos em todos os sentidos, mas tenho a certeza de que vamos dar o nosso máximo para que Sacramento tenha uma banda à altura de quando meu esteve à sua frente”.
Maestro Paulo é músico há 25 anos e só na Polícia Militar são 23 anos. “Ainda que hoje a Polícia Militar tenha objetivos muito voltados para a  segurança pública, não deixamos de tocar e tocar muito. Tenho uma larga experiência, formação na Polícia Militar  em  música, regência, enfim tudo que diz respeito à música”.
 Tal pai tal filho. Maestro Paulo aprendeu a tocar com o pai. “Papai foi quem me ensinou a tocar clarinete e, talvez,  até alguns músicos aqui da banda não saibam que o aluno é o espelho do mestre. Eu, com três meses tocando clarinete,  eu estava tocando chorinho, mas   eu tinha ali, um mestre, 24 horas pegando no meu pé e cobrava muito, por isso agradeço muito a Deus por ter tido um professor como meu pai”.
 Na continuidade do trabalho, maestro Paulo pretende somar novos conhecimentos.  “Ainda de forma sucinta, pois conversei muito rapidamente com o presidente Walter na primeira vinda aqui, mas já observei alguns detalhes, porque um músico, por mais que ele saiba, há algo a acrescentar. Ninguém é tão inteligente que não tenha nada para aprender e ninguém é tão desprovido de inteligência, que não tenha nada para ensinar. Então, eu já vi que há algumas coisas que poderemos acrescentar, novos instrumentos, novas músicas...”
Dentro de sua disponibilidade, maestro  Paulo vira, explica que virá aos sábados o dia todo ou aos sábados e segundas-feiras. “Vi as crianças tocando e não vou abandoná-las, são talentos que estão despontando, então vou dar continuidade a esse trabalho”, afirma, convidando jovens de ambos os sexos, crianças a fazerem parte da banda. “Estamos aqui com essa disponibilidades, dar continuidade à banda e trazer  novas pessoas que queiram fazer parte. O convite fica aberto a todas as crianças e jovens”.