Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Sacramentana fã de Elvis Presley realiza sonho de 55 anos

Edição nº 1478 - 14 Agosto 2015

A sacramentana Diomira Alves Mendonça, desde a segunda-feira 10 vive as maiores emoções de sua vida e está com o coração a mil, com a realização de um sonho sonhado há 55 anos: conhecer Elvis Presley. O tempo passou. E com a morte do ídolo, passou a nutrir o sonho de ir a Memphis (EUA), onde repousam seus restos mortais e poder visitar seu museu na mansão Graceland, enfim, respirar  o mesmo ar que um dos maiores cantores dos Estados Unidos respirou.

 De acordo com Diomira, Elvis Presley entrou para a sua vida, quando ouviu pelo rádio a música,  “Are You Lonesome Tonight?”,  uma  canção  clássica norte-americana, escrita em 1926 pela dupla Roy Turk e Lou Handman e que foi gravada por diversos artistas, mas a mais famosa versão é de Elvis, (1960), tornando-se um de seus maiores clássicos. 

“- Eu tinha 13 anos, quando ouvi a música, a emoção foi imensa. Quando o locutor falou o nome do cantor fiquei doida pra saber mais sobre ele. Mas como? Naquele tempo as coisas eram muito difíceis. A primeira imagem que vi dele foi numa revista, cujo nome não me lembro, falando de um filme, “Flaming Star” (Estrela de Fogo, EUA/1960). Aí descobri que ele não era só cantor, mas era ator também. Então,  além de eu ficar com o ouvido no pé do rádio pra hora que tocasse músicas dele, eu ficava de olho nos cartazes do cinema. E lembro-me como se fosse hoje, o filme aqui em Sacramento. A fila virava a esquina do Sussu. Para mim foi uma grande emoção”. 

 

O tempo não foi capaz de matar o sonho

À medida que o tempo passava Diomira passou a colecionar discos, fotos, enfim tudo o que encontrasse sobre Elvis. “Minha mãe dizia: 'Isso passa, é coisa de mocidade', mas eu lhe dizia, um dia ainda vou encontrá-lo”. E enquanto Diomira curtia Elvis pelo rádio, a juventude sacramentana vivia em efervescência. Seus irmãos, Vagner, Josué e um grupo de amigos criaram o conjunto musical, “Os Tremendões”; E logo em seguida veio “Os Corujas”. O grupo Os Trememdões acabou e os irmãos  Vagner e Josué criaram um novo grupo, “The Red Stone”. E quem estava lá? Diomira. 

 

“- Nessa época, eu tinha 20 anos e fazia parte  do conjunto que contava com o Josué (contrabaixo), Vagner (guitarra solo), Dutra e Levi (guitarra base) e o Bandoleiro (baterista). O Levi e eu éramos crooners.  Havia na cidade duas bandas Os Corujas e o The Red Stone. Fizemos vários shows, inclusive fora, um ano depois acabou também. Tempo muito bom aquele... Mas eu não me esquecia do Elvis”, recorda.

 

Elvis Week 

Elvis Presley morreu em Memphis no dia 16 de agosto de 1977, portanto há 38 anos e, desde 1998, em Memphis, fãs do mundo inteiro realizam a Elvis Week, a Semana de Celebração de Elvis, que na realidade dura 10 dias. Elvis Week inclui vários eventos e o mais tradicional deles é o Elvis Candlelight Vigil, a vigília à luz de velas, que vai do início da noite do dia 15 até a manhã do dia 16 e reúne milhares e milhares de fãs. 

Em 2007, Diomira conta que  estava com tudo preparado para a viagem, mas por um imprevisto não pôde ir. Para ela foi a maior desilusão. “Fiquei muito triste, diria até que revoltada, chorei demais e pensei: 'Acabou, nunca vou realizar meu sonho'. E aí comecei a me desfazer das coisas. Dei quase todos os discos (de vinil) para os outros, me desfiz das fotos, até de uma folha de árvore da Graceland que ganhei de um sobrinho, eu me desfiz... Mas, nos últimos anos comecei a pesquisar, fui descobrindo mais coisas e grupos de viagens e, lá vou eu...”, celebrou eufórica ao ET. 

 Diomira seguiu para São Paulo no sábado e, no domingo, embarcou para Memphis, no estado do Tennessee, com conexão em Dallas. Consta do roteiro, dentre outras, visita ao Complexo Graceland, tour em Tupelo, cidade onde Elvis nasceu, no Mississipi, e em Memphis,  shows, vigília, etc.  Diomira retorna a Brasil no dia 18 e com certeza trará na bagagem muitas emoções.

 Diomira deve ser a primeira sacramentana a viver tal emoção, mas se houver mais alguém que já esteve em Memphis com essa finalidade de comemorar Elvis, entre em contato com o ET e com Diomira no seu retorno.  Ela vai gostar.  Em mensagem enviada ao ET, com uma foto, na noite  de terça-feira 11, Diomira revela: “Essa é uma das várias fotos da casa dele, mas ainda não foi liberada a entrada. Já visitei o túmulo, chorei demais. Aqui é uma energia inexplicável, não tem como não chorar. Não sei se pela data, mas a cidade respira Elvis: as lojas, os carros, as casas, as crianças vestidas iguais a ele, muitos shows de covers, uma coisa de doido... Muito feliz!”.