Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Rotary Clube discute problema da dengue

Edição nº 1493 - 27 de Novembro de 2015

O  Rotary Clube de Sacramento, realizou, na segunda-feira (16), uma reunião especial, para tratar do assunto da dengue, com a presença dos moradores do Bela Vista II, bairro com alta incidência de focos e da doença. Na oportunidade, o Educador em Saúde, Bergson Evangelista dos Santos, que apresentou dados de Sacramento, apontou os principais problemas para o combate e as ações desenvolvidas para combater o crescente aumento de casos da doença. 

O presidente José Cassimiro Filho, falando sobre o objetivo da reunião e da importância  da mobilização de todos para um trabalho efetivo de combate a dengue naquele setor do bairro Rosário. “Só aqui no Residencial Bela Vista já são 30 casos confirmados de pessoas com dengue. Diante desse surto foi que os companheiros, José Siviere e Márcio de Oliveira Pereira e o Rotary Clube encabeçamos um movimento para conversar com os moradores, informar sobre os cuidados e ações que poderão ser desenvolvidas”, afirmou, destacando que o Interact está pronto para participar de mutirões de limpeza na região. 

 O médico José Carlos Siviere completa afirmando que que essa é uma reunião necessária. “A união de forças é importante, pela alta incidência de casos de dengue. E, vamos formar um grupo no bairro, para  traçarmos algumas ações para combater de frente o mosquito e queremos estender as ações para a comunidade durante todo o período do verão que vem aí”, afirmou, acrescentando que, além do combate à dengue, os moradores vão criar no Residencial Bela Vista, a Rede de Vizinhos Protegidos. “Já temos um grupo de segurança no bairro e agora vamos trabalhar para a ampliação dessa segurança”, informou. 

Também o promotor Márcio Pereira falou aos presentes mostrando a importância da prevenção, que não deve ser só responsabilidade do poder público, mas também da população, ao cuidar do espaço onde mora. “Se cada um vigiar, ficar atento ao que é seu, destruindo todos os locais possíveis de criadouros, focos de acúmulo de água parada, limpa ou suja, onde as larvas do mosquito aedes aegupti se desenvolve, será um grande passo”. 

Os terríveis mosquitos da Dengue

A dengue pode ser transmitida por duas espécies de mosquitos (Aëdes aegypti e Aëdes albopictus), que picam durante o dia e a noite, ao contrário do mosquito comum, que pica durante a noite. Os transmissores de dengue, principalmente oAëdes aegypti, proliferam-se dentro ou nas proximidades de habitações (casas, apartamentos, hotéis), em recipientes onde se acumula água limpa (vasos de plantas, pneus velhos, cisternas etc.).

 O Aedes aegypti

O Mosquito Aedes aegypti mede menos de um centímetro, tem aparência inofensiva, cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas. Costuma picar nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte, mas, mesmo nas horas quentes, ele pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa. Há suspeitas de que alguns ataquem também durante a noite.  O indivíduo não percebe a picada, pois no momento não dói e nem coça.

 Modo de transmissão

A fêmea pica a pessoa infectada, mantém o vírus na saliva e o retransmite.

A transmissão ocorre pelo ciclo homem-Aedes aegypti-homem. Após a ingestão de sangue infectado pelo inseto fêmea, transcorre na fêmea um período de incubação. Após esse período, o mosquito torna-se apto a transmitir o vírus e assim permanece durante toda a vida. Não há transmissão pelo contato de um doente ou suas secreções com uma pessoa sadia, nem fontes de água ou alimento.

O mosquito Aedes aegypti também pode transmitir a febre amarela.

Período de incubação

Varia de 3 a 15 dias, mas tem como média de cinco a seis dias.

O Ciclo do Mosquito

O ciclo do Aedes aegypti é composto por quatro fases: ovo, larva, pupa e adulto. As larvas se desenvolvem em água parada, limpa ou suja. Na fase do acasalamento, em que as fêmeas precisam de sangue para garantir o desenvolvimento dos ovos, ocorre a transmissão da doença.

O seu controle é difícil, por ser muito versátil na escolha dos criadouros onde deposita seus ovos, que são extremamente resistentes, podendo sobreviver vários meses até que a chegada de água propicia a incubação. Uma vez imersos, os ovos desenvolvem-se rapidamente em larvas, que dão origem às pupas, das quais surge o adulto.

O único modo possível de evitar a transmissão da dengue é a eliminação do mosquito transmissor. 

A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença.