Moradoras da rua Josefina Almeida Ferreira, no bairro João XXIII, convidou a reportagem do ET para denunciar o que vem ocorrendo naquela rua, agora transformada num beco sem saída, porque a Prefeitura autorizou a construção de outras duas casas, exatamente no espaço onde poderia ser aberta uma rua ligando aquela via com a avenida Tomás Novelino. “É estranho, por que estão construindo essas casas só agora, depois de três anos de construídas as outras, como que a Prefeitura aprovou, ali não seria uma rua?” – questionam.”,
Outra denúncia dos moradores é em relação à coleta do lixo, pois o caminhão coletor não entra no beco que tem 24 casas. “Somos obrigados a colocar o lixo lá na estrada de terra (prolongamento da rua Assyncrito Natal), que dá acesso ao início da Rodovia Antenor Duarte, que liga a cidade à Gruta dos Palhares – grifo nosso). E, ainda por cima, não tem uma caçamba para jogar o lixo. Deixamos lá e os cães vadios esparramam tudo, fazendo aquela imundície na rua. Sem contar que outros moradores fazem do local descarte de toda espécie de lixo. Até javali já encontramos morto ali”, denunciam, reclamando também do péssimo asfalto colocado na rua. “Isso aqui é só um piche em cima do cascalho”.
Késia Aparecida de Araujo, que mora no local há mais de um ano, relata que para levar as crianças para a escola pela manhã é um problema. “São muitos carros, caminhões passando por aqui, uma poeira infernal. Não tem passeio, temos que andar no meio do mato cheio de poeira e lixo, a gente fica tudo sujo de andar ali. A gente liga na prefeitura, pede, pede, mas até hoje nada”, afirma.
Rosalina Luciana, que mora na rua há mais de dois anos, também reclama do pó, do lixo e da sujeira da rua e aponta outros problemas. “A rua é estreita, asfalto péssimo, já está dando no cascalho. E só tem essa entrada/saída, quem entra tem que sair de ré, é difícil pra virar veículo maior. A outra saída que poderia ser uma rua, agora a Prefeitura autorizou a construção de duas casas, exatamente no espaço onde seria construída uma rua para ligar nossa rua com a avenida Tomás Novelino”, denuncia.
De acordo com as três moradoras, as casas são financiadas em 30 anos e os valores de suas prestações variam entre R$ 310,00 a R$ 540,00. Depois de um tempo começa a amortização. “Além das prestações, nós pagamos IPTU, água, luz, então acreditamos ter direito a um mínimo. Se não vai asfaltar, pelo menos molhar e limpar a rua de terra, do lado de lá é pasto, mas do lado de cá moram famílias”, finalizam, indignadas.