Os maçons, acompanhados por um carro de som e por outros simpatizantes da causa, iniciaram a caminhada a partir do Hotel do Comércio em direção à praça Getúlio Vargas e, dali até a praça José Valadares da Fonseca (Rosário) de onde retornaram para uma concentração no jardim central para a leitura de um manifesto. A passeata terminou com todo o grupo cantando o Hino Nacional.
Durante a passeata pelas ruas centrais de cidade, pelo carro de som um dos irmãos da Loja conclamava a população para aderir ao momento:
“Sacramentano, deixe o seu sofá, o seu programa de televisão e venha nos acompanhar. Precisamos de vocês nessa luta, para que possamos mudar o nosso país e construir um país diferente, onde possamos ter liberdade, viver em harmonia e solidariedade com os irmãos”.
“A Maçonaria sacramentana está solidária ao movimento nesse dia em todo o território nacional. É o momento que podemos fazer com que nós, brasileiros, nos tornemos os agentes, para que possamos programar as mudanças necessárias no país, onde a corrupção e impunidade jamais poderão ter continuidade”.
“É você que vai fazer a diferença, levando a sua opinião aos políticos que não contribuem para a organização. Precisamos que vocês se unam para chegarmos ao mais alto grau dos governos municipal, estadual e federal...”.
Em entrevista ao ET, venerável da Loja Acácia do Borá, Ivan Rosa Gomides, justificou a passeata com a seguinte declaração. “A Maçonaria brasileira se mobilizou no dia 16 de agosto para manifestar seu repúdio contra a corrupção que assola os governos de uma forma geral. A Loja Maçônica Acácia do Borá nº 153 (GOMG) também foi às ruas, auxiliada pelas lojas maçônicas, General Sodré (GLMMG) e Estrela de Minas (GOB), Bethel Luz das Virtudes (Filhas de Jó e Abelhinhas), integrantes do Rotary Club de Sacramento e outros segmentos de nossa sociedade, em uma passeata ordeira e sem excessos, onde conclamou o povo para que demonstrem o seu descontentamento com o que vem acontecendo no cerne do Governo Federal, à deriva, envolvendo também a classe política de uma forma geral”.
Disse mais o venerável que “a Maçonaria, por ser uma instituição iniciática, apartidária e adstrita à absoluta preservação da moral e dos bons costumes, não poderia deixar de se manifestar frente aos acontecimentos nacionais , como: o alastramento da corrupção com o dinheiro público, o crescimento da violência, a perca do poder aquisitivo com a volta da inflação e a descrença do povo em um futuro melhor”.
Finaliza Ivan, afirmando que “a Maçonaria, que sempre esteve à frente dos movimentos históricos de nossa sociedade, no dia 16 de agosto, fez sua parte clamando pela estrita Ordem e Progresso de nossa ação”.