Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Luto

Edição nº 1491 - 13 de Novembro de 2015

Mulher picada por jararaca morre em Uberaba

Agostinha Aparecida Neto (foto), de 71 anos, morreu em Uberaba, na tarde da sexta-feira 6, para onde foi encaminhada na noite da segunda-feira 2, depois de ter sido picada por uma jararaca em sua casa, na fazenda Soledade, na região da Jaguarinha. O acidente aconteceu por volta das 20h. Segundo informações passadas ao ET, Agostinha foi trazida para a Santa Casa e a família trouxe também a cobra morta, mas a Santa Casa não tinha o soro. Diante da gravidade do caso ela foi encaminhada para Uberaba, onde morreu na sexta-feira, por volta das 17h. 

 De acordo com a cunhada, Rita Luiza da Costa, no final de semana a família se reuniu para uma confraternização na cidade. “Reunimo-nos no domingo, dia 1º, com a presença de quase todos os familiares e vivenciamos um dia de muita alegria. No final da festa, a Agostinha, o marido e os  filhos foram para um rancho, onde passaram a segunda-feira.  

Ao retornarem para a fazenda, por volta das 20h, logo que entraram em casa, Agostinha, sem ver, pisou em uma cobra e foi picada. Na hora, o pessoal pensou que fosse aranha, mas quando arrastaram o sofá, ela estava lá. Mataram e trouxeram, porque dizem que é mais fácil pra saber qual é o soro. Só que não tinha o soro na Santa Casa.

Agora veja, até vir da Jaguarinha...  Chegou aqui, demorou um pouco para levar,  ela chegou em Uberaba era quase meia noite.  Ficou internada mas morreu na sexta-feira”, relata, lamentando.

De acordo ainda com Rita, alguns dizem que Agostinha foi picada por um filhote de jararaca,  porque era pequena, outros discordam.  “Dizem que são várias espécies de jararaca e que essa menor é muito mais venenosa”, afirma, recordando a alegria de Agostinha na festa.

“- Parece que foi pra ela se despedir, porque ela estava tão alegre... A festa foi muito boa, encontrar família, irmãos, cunhados, sobrinhos e todos estávamos muito felizes. Quando foi na segunda-feira uma cosia dessas e na sexta-feira a morte dela...”

Dona Agostinha deixa o marido Cândido Luiz Neto, (Seu Candinho) e cinco filhos: Evanir Luiz, os gêmeos Vander e Walber, Vânia e Wilson e vários netos. Todos residentes fora de Sacramento, exceto Walber que mora na fazenda, próximo à casa dos pais.  Nessa quinta-feira, toda a família se reuniu em Sacramento novamente para a missa de sétimo dia, na Brasília do Ssmo. Sacramento.  

 

Valdice morre engasgada

Valdice Aparecida Cardoso Silva 52  morreu na manhã do último sábado 7, às 7h30 da manhã quanto tomava café na casa de sua filha Ana Paula. Valdice morreu engasgada com um pão de queijo. 

Conhecida na cidade como andarilha e 'fraca da cabeça', Valdice foi até sua juventude uma menina bonita, prendada e trabalhadeira. De acordo com a prima, Maria Elizena Gabriel, quando jovem ela era uma pessoa normal. “Valdice não tinha problema algum,  trabalhadeira, sabia ler  e escrever. Ela trabalhou no hotel do Sr. Italo, para a dona Carmelita do Marquez. Era uma pessoa normal até os 25 anos”. 

Conta mais a prima que Valdice começou a ficar perturbada a partir dos 25 anos. Foi internada em sanatórios várias vezes, mas não adiantou e ela passou a ficar na rua. “As pessoas pensavam que ela era 'uma ninguém', que não tinha família, mas tem sim, só que não dávamos conta. Ela não obedecia. Maltratar não podia, a gente tinha que trabalhar e não podia ficar direto com ela. No começo, a gente saía, ia atrás... Depois ela foi para a rua”. 

Segundo Maria, Valdice teve duas filhas. Uma antes de seu problema, de nome Ana Paula, casada, onde ia sempre para tomar um café. A segunda filha teve quando perambulava pelas ruas, registrada em nome de Vera Lúcia, que lhe deu todo carinho e educação. 

Valdice morava em uma casinha na Obra Social João XXIII, conseguida pelo ex-prefeito José Alberto, e ficava sob os cuidados do presidente do Cerea, Zezeu, que cuidou de todo o funeral. Como parente, Maria expressa seus agradecimentos ao povo de Sacramento que lhe dava as coisas e, mesmo na sua morte, esteve presente no seu velório.  Deus pague a todos. A missa de sétimo dia será celebrada nesta sexta-feira, na Basílica.