Está em funcionamento desde janeiro, na vizinha cidade de Rifaina, a nova unidade da multinacional MCassab, grupo que atua em diferentes ramos de negócios e construiu na cidade um abatedouro de peixes e a previsão é de que até o final de 2015, esteja operando com toda sua capacidade instalada - 20 toneladas de pescado por dia e 200 funcionários.
No município rifainense há três anos com uma fazenda de produção de tilápias, a MCassab investiu R$ 70 milhões no processo de instalação, incluindo a compra de terreno, construções e equipamentos. O valor corresponde a quase três vezes orçamento deste ano em Rifaina, estimado em R$ 24,5 milhões.
Nesses dois primeiros meses, o frigorífico construído numa área de 4 mil metros quadrados opera em fases de testes de pessoal e maquinários. A previsão é que o local comece a operar comercialmente a partir de março com a preparação de filés de tilápias frescos e congelados e a fabricação de empanados. O mercado alvo são os municípios paulistas com foco principalmente em grandes supermercados como Extra e Pão de Açúcar. Os filés serão vendidos em bandejas de 500 gramas.
Segundo o diretor técnico Gustavo Bozano, Rifaina foi escolhida por apresentar um reservatório com características ambientais compatíveis com a produção de peixes. De acordo como diretor Bozano, o projeto de unidade há cinco anos e o primeiro passo foi encontrar uma área dentro do Estado de São Paulo. Segundo ele, vários reservatórios foram visitados e encontraram três cidades aptas e optaram por Rifaina. Daí foi um pulo, após obter as concessões para utilização da água da represa de Jaguara, a empresa instalou numa propriedade rural, as unidades de produção de alevinos e tanques-rede. A construção do frigorífico começou posteriormente. “Essa é a maior filial da MCassab e somos o maior produtor de tilápias do Estado”, disse Bozano.
A supervisora de controle de qualidade do abatedouro, Viviane Yokoyama, informa que a unidade possui tecnologia de ponta, com equipamentos nacionais, americanos e alemães e segue rigorosos critérios para a manipulação do pescado. Para todo o processo, segundo a supervisora, são utilizados diariamente 300 metros cúbicos para a fabricação de gelo e limpeza do pescado. Yokoyama explica ainda que os peixes que são criados em tanques-rede numa propriedade rural de Rifaina, “são transportados todas as manhãs em caminhões baús até o frigorífico por um trajeto de sete quilômetros. Ao chegarem ao abatedouro, as tilápias são despejadas num novo reservatório de água e encaminhadas por esteira até uma pista com gelo onde ocorre o choque térmico. Em seguida há o corte das guelras, sangria, retirada das escamas e a filetagem do peixe com a remoção da cabeça, nadadeiras e vísceras. Após o corte dos filés, também ocorre a retirada da pele, pesagem e a lavagem final para só depois serem embalados”, explica e completa que, todo o processo, que vai dá chegada do pescado até a embalagem dos filés, dura em média uma hora.
A meta é chegar a 200 empregos até o final do ano
A empresa iniciou em janeiro com 50 funcionários e a previsão é chegar a 120 até o meio do ano e até o final de 2015 com 150 trabalhadores no frigorífico e mais 50 na produção das tilápias. Segundo Gustavo Bozano, os empregados, são moradores de Rifaina e Pedregulho. Em Rifaina foram formadas quatro turmas de manipulação de peixes através de convênio com o Senac e que o mesmo curso está sendo ministrado em Pedregulho em parceria com a Prefeitura local. Segundo a assessoria de comunicação, a expectativa da Prefeitura é a de que 40 moradores da cidade sejam contratados por um salário de R$ 1.050, além de transporte, refeição e benefícios como plano de saúde e odontológico.
(Fonte: gcn.net.br/Redação ET)