Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

De olho na rede.

Edição nº 1471 - 26 Junho 2015

CADÊ OS VEREADORES

A jovem Telma Reis se tornou conhecido no dia 16 de junho, ao publicar um vídeo, retratando a reunião realizada na CMS dia 8 de junho, quando os vereadores da base governista, Leandro Desemboque, José Maria e Luiz Alberto abandonaram o plenário da casa para obstruir matéria que seria votada.  O vídeo 'bombou' em curtidas, compartilhamento e comentários na internet. O ET abre a coluna reproduzindo parte do vídeo.
Telma Reis - “Os vereadores que saíram pela porta dos fundos na sessão da Câmara do dia , eu sei, faltou-lhes consideração, porque se tivessem consideração, não teriam saído nem pela porta da frente,  nem por porta nenhuma, teriam ficado, honrado o cargo e teriam votado contra ou a favor e emitido a sua opinião. Não fizeram isso. Feio! Ficou feio, pegou mal!
Mas vocês também não estão preocupados com isso, porque  a sociedade não cobra, né, não cobra resultados. Fica nesse bafafá danado, daqui a pouco todo mundo esquece e assim  a  vida continua. R$ 6 mil no bolso, quem é que está preocupado, não é verdade? Ninguém tem que preocupar. Sai do meu bolso, mesmo, não sai do seu. São vocês que estão embolsando. Vocês não têm que preocupar com nada, a justiça não pune. A justiça não cobra. No final das contas vocês vão ficar nessa mamata do mesmo jeito. Vão poder sair pela porta dos fundos quantas vezes quiserem, porque ninguém vai fazer nada contra vocês, ninguém vai punir vocês, porque nesse país não existe justiça direito. 
Mas a gente vai ter que começar a reverter essa situação. E aí, não vai vir nenhuma resposta? Nenhum parecer?
 (...) Então, seria bom se vocês, realmente, puderem dar uma satisfação. O salário de vocês é bom, a gente paga um salário gordo pra vocês. Eu não ganho perto do que vocês ganham. Meu salário não chega a R$ 1.200,00 por mês, o de vocês é R$ 6  mil e eu faço muito mais por tudo, por toda essa cidade, que vocês. Pelo menos eu encaro as situações. Posso não resolver a metade, mas eu encaro e tento resolver o melhor que possa fazer. 
Mas uma resposta eu vou querer, porque se não tiver uma resposta formal, a gente vai ter que começar parar vocês na rua para conseguir essa resposta. E se ainda assim, na cara dura, vocês não conseguirem responder, a gente vai ter que ir atrás de jornal e outros veículos de comunicação para conseguir. Mas acho que, nem com isso vocês estão preocupados, porque se estivessem preocupados com isso, nem a porta do fundo teria sido aberta. (...)
 (NR. Para fugir  um pouco da oralidade, o texto sofreu pequenas correções)
Carlos Henrique da Silva: “Nada contra, mas Rocambole, só de padaria; Desemboque, uma vez ou outra, para visitar; Sobrinho, 'tô' satisfeito com os meus...”
MANIFESTANTES NA CMS
A saída à francesa dos três vereadores na sessão da CMS, dia 8 último, foi o assunto das redes sociais e continua em voga, agora enriquecida com a participação popular na reunião da segunda-feira 22. 
Clemilson Cavalheiro: Várias críticas negativas em relação a sessão ordinária da Câmara ontem (22). Gente o que é isso? Estamos a revogar direitos de cidadania de toda uma população, para criticar pessoas em particular... Se esse ou aquele está trabalhando, se participou ou não do mandato passado,  isso não interessa, não. Vamos viver o presente e nos impor para um futuro melhor em nossa cidade, em vez de ficarmos sendo comparados até mesmo com o Congresso em Brasília. Vamos lutar por nossos direitos, falar com sinceridade o que for preciso,  sem deixar desviar assunto e criticar quem até mesmo não está presente para se defender. Erros bizarros como o da sessão ordinária da semana passada,  temos sim o direito de cobrar uma resposta e apontar o dedo para as pessoas...
Maurílio Araújo: É duro ter que ir à Câmara e exigir isso de alguns vereadores. Espero que a população aprenda e não vote mais em quem provou que não merece ser eleito novamente!  Só lembrando que muitos políticos  começaram sua carreira como vereadores... 
Angélica Beatriz Correa Carneiro: Exigir uma postura séria e íntegra de nossos representantes! Cidadania!
Sandra Alcântara: Infelizmente, político quer do povo o voto e distância. O poder corrompe e uma vez eleito, eles legislam em seu próprio benefício e interesse. Esquecem que o poder é passageiro... 
Dailson Daniela Manzan: Estou indignada com tamanha falta de respeito com o ser humano. Ah!, vamos todos juntos comprar bastante óleo de peroba para oferecer a eles, quando vierem em nossas casas...
Bel Loyola: Certíssimo Amir. Se a gente não se defender quem o fará?
Rodrigo  Dimas: Falar bonito não adianta, tem é que mostrar atitude e serviço. 
Ana Maria Araújo: Parabéns! Sacramento merece respeito!
Élson Dutra: Eu acho graça de estarem errados e quererem justificar,  dizer que estão certos. Assumam,  digam que  estão errados mesmo ... Seria bonito da parte de vocês. 
Guilherme Borges dos Reis: Em Brasília, ouvindo a rádio pela internet. Daria tudo para estar aí agora vendo isso, parecendo batata quente,  um jogando para o outro...
Carla Machado: Além de fazer tudo errado, recorrem a argumentos descabidos  em tom ameaçador pra querer intimidar, achando que vivemos no regime militar,  se esquecem que os mesmos que os colocaram lá tem todo o poder de tirar também.  
Valkíria Gomide: Ouvir essas reuniões pela rádio é correr o risco de um infarto!
Kênia Jerônimo: E aí galera,  no frigir dos ovos,  a reunião teve alguma utilidade? Ou foi só mais um circo?
Edson Santos: Democracia, direito de expressão, é assim que  faz... Hoje se eu pudesse pegaria na mão de cada um dos que estiveram presentes na reunião desta segunda-freira. Por isso, acho que posso agradecer aqui, não só em meu nome, mas em nome de todos os membros deste grupo, e também em nome do administrador dessa página, Thiago Scalon,  que procura manter os ânimos aqui o mais pacificamente o possível. Sacramento esteve nesta reunião, cobrando explicações que são de nosso direito, podemos ver os olhos daqueles nobres vereadores. Parabéns,  sacramentanos! Esse é o caminho para se ter retorno de uma Câmara que acha que o povo não está vendo nada.