O Supermercado LC completa neste mês de fevereiro 20 anos de existência. Por trás de sua história está a presença de um grande homem, Luiz Carlos Alves, 69, exemplo
e referência no comércio sacramentano. Nascido na Lagoa dos Esteios, Luiz Carlos está entre os oito filhos do casal, Antenor José Alves e Rosa Gomide de Oliveira. Casado com Irene Maria, há 38 anos, com quem teve os frilhos, César, Cleyton (Cristiane) e Carina, de saudosa memória, Luiz recebeu o ET para contar um pouco de sua história.
ET - Luiz, a infância, os primeiros estudos foram onde você nasceu, na Lagoa dos Esteios?
Luiz Carlos Alves - Na verdade, fiquei na fazenda até os 12 anos. Os estudos foram poucos por lá, só dois anos, primeiro, com a dona Helena, na escola dos Oliveiras, depois no Vitorinos, com a dona Antônia e aí viemos para a cidade estudar. A primeira escola na cidade foi o Grupão Afonso Pena, onde terminei o primário.
ET - Parou no Grupão?
Luiz – Olha, a escola não era muito minha praia, não... (risos). Mas estudei, sim, um pouquinho mais. Depois do Primário, fui para a Escola Coronel, onde fiz o antigo Ginásio. Aí comecei o primeiro ano do ensino médio e parei. Minha vida profissional começa no Bar do Arlindo, quando tinha 14 anos. Depois passei pela do Gilberto Araújo, que vendia eletrodomésticos, e depois vim para o bar do Edgar, aqui na esquina da praça da Rodoviária, o atual Bar Caravelas, que era do Edgar Prado e do Chiquinho do Maísa.
ET - O bar que você acabou comprando depois?
Luiz - Sim, mas isso foi bem depois. Quando fui trabalhar com eles, eu já era rapaz feito. Depois de um tempo, o Chiquinho comprou a parte de Edgar e, mais tarde, eu, meu irmão Elias, meu cunhado Adelar e eu, compramos do Chiquinho, em 1968. E três anos depois, em 1971, inauguramos o novo prédio do Pirâmide, o primeiro supermercado da cidade.
ET - Primeiro supermercado da cidade?
Luiz - Sim. Com esse nome de 'Supermercado', não existia outro. E já com aquela nova característica de expor as mercadorias em gôndolas, com os fregueses circulando entre elas. O Pirâmide nasceu com todas aquelas características, de um supermercado.
ET - Foi difícil no início?
Luiz – Naquela época foi muito difícil. Hoje, diria que é uma facilidade. Mas no começo foi muito difícil, tive que pegar muito no pesado. Tínhamos comprado uma perua Kombi, que foi substituída depois por um caminhão ¾, para buscar mercadorias em São Paulo.
ET - Quanto tempo durou a sociedade?
Luiz - Até 1994, quando decidimos separar. Foram 26 anos de um trabalho muito unido e cheio de resultados. Agradeço muito aos meus sócios por esse tempo de sociedade, ao meu irmão Elias, e ao cunhado Adelar, que deixou a sociedade um pouco antes. Como já tínhamos o prédio onde hoje funciona o LC, na divisão, o Elias ficou com o prédio da praça e eu com o da Vigário Paixão que, na verdade, fazia parte do Pirâmide, como opção de uma segunda entrada pela avenida.
ET – Você deixou uma marca já consolidada de 26 anos e se aventurou em abrir um novo supermercado com um novo nome?
Luiz – Isso mesmo. Me aventurei com cara e coragem, deixando uma marca de tradição, pra começar com uma marca nova, ia começar do zero. Mas eu tinha algo, eu era o Luiz do Pirâmide, nome que foi usado muitos anos ainda pelos clientes. Eles chegavam aqui no LC e perguntavam pelo Luiz do Pirâmide. Ainda hoje ainda tem gente que me chama de Luiz do Pirâmide. Fomos nos consolidando, até que me tornei o Luiz do LC.
ET - Seria o Luiz do Luiz Carlos... porque, na verdade, as letras LC são as iniciais do seu nome...
Luiz - Pois é, mas o LC ficou tão forte que deixou de ser Luiz Carlos, para se tornar uma marca mesmo, LC, o supermercado do Luiz, que cresceu principalmente com a ajuda da família. No início éramos eu e a Irene, com quem me casei em 1975, e os meninos. Pegamos todos no trabalho, afinal, tínhamos que construir nossa marca. E vencemos, graças a Deus.
ET - Qual é o segredo para permanecer no comércio manter os clientes e ser bem sucedido.
Luiz - Acho que é a maneira de tratar os clientes e, também, vocação e dedicação. Sempre trabalhei muito no comércio, onde sempre procurei ser simpático com os fregueses, honesto e pontual. Desde o início fui conhecendo e conquistando as pessoas.
ET – E teve depois a experiência de mais 26 anos de Pirâmide...
Luiz – Pois é... É muito tempo. Todo aquele pessoal que trabalhava na usina, que ia e voltava diariamente, depois da construção da vila, passou a morar lá, mas todos continuaram nossos fregueses, por conta daquele tratamento cordial. Faziam as compras aqui e nós entregávamos lá. Ainda hoje, temos também uma freguesia muito boa na zona rural e região. E isso é uma satisfação para nós.
ET - Com todo esse tempo de casa, como viu a evolução, da velha caderneta com as anotações do fiado à informatização de hoje?
Luiz - A gente tem que aprender. Ou aprende ou pula fora (risos). Temos que acompanhar a evolução ou sair do mercado. Nossa primeira máquina de somar era de manivela, dava até dor no braço. Tenho 'ela' guardada até hoje. E estamos aí já com tudo informatizado.
ET – Da família LC que tomava conta do supermercado, do início aos atuais funcionários, cresceu muito?
Luiz - Cresceu muito. No início era toda a família, e mais o Gil, de saudosa memória, Ruth, o Giló, Orlando, nosso braço direito na empresa, e Nézia. O Tinim e a Cristiane também fazem parte e, claro, os demais funcionários, caixas, atendentes, entregadores. Enfim, um grupo de funcionários muito competentes que comungam um único ideal, o de bem servir. Todos eles são imprescindíveis. Com eles, se Deus quiser, nossa marca será preservada.
ET - Olhando para trás, valeu a pena, você começaria tudo de novo se preciso fosse?
Luiz - (Risos) Não sei. Só se eu tivesse a mesma idade, tudo teria que ser novo, a começar do dono (risos). Ah, mas valeu a pena, sim, está valendo. Foi muito bom e espero poder continuar por muito tempo ainda. Por tudo isso, agradeço a Deus pela minha vida, minha saúde, minha família. Agradeço aos clientes, fregueses, que são a razão de nosso sucesso, por esses anos todos conosco. Eles fazem parte dessa história e só tenho que agradecê-los, a todos.
ET – Cris, o Luiz disse que você e Tinim são a nova geração que começa a gerir o negócio. Vendo o seu sogro coroar essa história bonita de 20 do Supermercado LC, que fica como uma herança para os filhos, que mensagem você deixa a todos?
Cristiane - Minha mensagem é de que temos que seguir o exemplo de todas essas pessoas que nos antecederam, a começar do 'Seu' Luiz, que foi um dos pioneiros, porque a sua história representou uma luta muito grande para conquistar o que o LC é hoje. Foi muito trabalho, muita dedicação. Foi tudo muito batalhado, ele teve que abrir mão de muita coisa, houve muita renúncia em relação ao lazer e à qualidade de vida, para sair, passear em troca de um incessante trabalho, para hoje ter tudo isso construído. Seu Luiz é um vencedor.
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