Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

A quem pertence o conjunto arquitetônico do Cipó

Edição nº 1421 - 04 Julho 2014

A revitalização da Estação Cipó, que compreende toda a reforma e recuperação da histórica estação e seu entorno arquitetônico, hoje em precário estado de conservação, foi sempre uma meta dos prefeitos que passaram pela Prefeitura. Esbarrada no fato de todo aquele acervo pertencer à extinta Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima  - RFFSA, nenhum prefeito se deu ao trabalho de mexer naquele patrimônio. 

Até que, o ex-prefeito, Wesley De Santi de Melo – Baguá, tendo à frente da Secretaria de Cultura e Turismo, o historiador Amir Salomão Jacób, conseguiu com a União, em 2011, a assinatura de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) transferindo o patrimônio histórico (conjunto de casas e estação) para a Prefeitura. 

De acordo com Salomão, no mesmo ano de 2011, a Prefeitura conseguiu fechar uma negociação com a proprietária da empresa, "Rio Grande Empreendimentos Ltda",  Maria da Glória Barbosa Afonso, com a intermediação do SAAE. 

“- A área pertencente a União era de apenas 30 metros além da estação, na direção do rio Grande. Graças a essa negociação, conseguimos com Da. Maria da Glória trazer para o poder público mais 90 metros de toda a área que margeia o Rio Grande. Se antes, aquele patrimônio não tinha como chegar ao rio Grande, com a negociação, toda aquela área, da estação até o rio Grande, passou a pertencer à Prefeitura. Depois de dois anos de intenso trabalho conseguimos isso.  Enfim, o grande feito foi conseguir para o município toda a área histórica e fronteiriça ao rio”, reconhece o ex-secretário.

Diz mais o Salomão, que Baguá montou um projeto de restauração e aproveitamento da área, mas não havia disponibilidade financeira. “Pensou-se em ser uma obra de primeira atuação num segundo governo que não veio”, finaliza, informando que a ajuda prometida pelo ex-governador Anastasia também não veiol.

“- Por duas vezes, o governador Anastasia prometeu 3 milhões de reais para o desenvolvimento do projeto, uma das vezes, publicamente, na Gruta dos Palhares, porém, na gestão do prefeito Baguá não veio nada do prometido”, relata o ex-secretário.