Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Prefeitura volta atrás e dá R$ 50 mil pra cada escola, mas Areão não desfila

Edição nº 1397 - 17 Janeiro 2014

Depois de uma frustrada reunião onde a secretária de Cultura e Turismo, Eliana Pereira, ofereceu apenas R$ 35 mil para cada escola de samba desfilar no carnaval de rua deste ano, R$ 10 mil a menos do que no ano passado, e uma premiação no final do desfile, de acordo com a classificação, do 1º ao 4º lugar, de R$ 15 mil, R$ 10 mil; R$ 5 mil e R$ 2 mil, respectivamente,  os presidentes decidiram em ata não levar suas escolas para a rua, porque sua contra-proposta não foi aceita.

A contra-proposta dos representantes das escolas, Nayan Gabriel Idualte (Beija Flor Sacramentana), Anderson de Oliveira (XIII de Maio), Carlos Alberto Gabriel – Tiola (Unidos do Areão) e, Nivaldo da Silva (Acadêmicos do Borá) foi de uma verba de R$ 50 mil para cada escola, mais dois fretes (ida e volta) às cidades onde alugam e confeccionam fantasias. Sem negociação, os presidentes abriram mão da verba e lavraram em ata que o dinheiro seria doado às instituições sociais da cidade. 

Nessa quinta-feira, 16, os presidentes foram convidados para uma nova rodada de negociação, que foi aceita pelas escolas, a exceção da Unidos do Areão, que ratificou sua decisão de não desfilar, e que sua verba fosse destinada a uma instituição de ajuda.  ‘‘Seria impor um sacrifício muito grande a todos nessa preparação, a pouco mais de um mês do desfile’’, justificou Tiola da Unidos do Areão.

De acordo com Anderson de Oliveira (XIII de Maio) em informações por telefone, as três escolas receberão R$ 46 mil cada uma e, na premiação, mais R$ 4 mil, que será divido igualmente entre as três escolas.

 

Presidente da Unidos do Areão explica decisão

Carlos Alberto Gabriel, o  Tiola, atual presidente e um dos fundadores da Unidos do Areão, explica que desde setembro a diretoria vem buscando uma posição da Prefeitura a respeito do Carnaval.

“- Estivemos numa reunião com o  prefeito Bruno, para tratar do  barracão prometido para a escola. Na época, ele disse que em 15 dias estaria tudo resolvido.  Agora, depois de quatro meses, a pouco mais de um mês do desfile, chamaram para a reunião no dia 14, onde apresentamos a proposta de  R$ 50 mil e mais duas viagens, mas ofereceram apenas R$ 35 mil, mais a premiação. Além do mais o dinheiro seria repassado em fevereiro”. 

Disse Tiola que os presidentes fizemos a contra-proposta à secretária Eliana, mas não foi aceita. “E como não houve acordo, decidimos doar o valor a ser destinado às escolas e todos assinamos. A decisão foi unânime. Para nós,  o assunto ficou encerrado naquele dia”, afirmou na noite de quinta-feira, 16. 

Sobre essa reunião do dia 16, Tiola foi convidado, agradeceu e não  compareceu, recordando ao ET: “Na quarta-feira, quando conversei com vocês do jornal, eu disse que se chamassem para nova reunião,  a nossa posição seria a mesma e continua sendo. Eles ligaram e eu disse que não iria participar, porque não vamos desfilar. Toda a escola já sabe, nós não vamos desfilar este ano e a parte da verba que caberia à nossa escola irá para as entidades conforme assinei a ata”, finalizou.

A Escola de Samba Unidos do Areão completou 13 anos no dia 7 de janeiro  e desde a sua fundação sempre esteve na passarela com total apoio,  engajamento e participação da comunidade do bairro do Perpétuo Socorro e adjacências. 

 

Uma das alegações de Tiola é com relação à procura de fantasias e carros alegóricos num tempo tão próximo do desfile. Iríamos ficar só com as sobras’’, lamentou.