Raimunda Martins (foto), 81, a queridíssima Nininha da Santa Casa, desde janeiro curte em Uberaba, junto aos familiares, as merecidas férias de uma bem conquistada aposentadoria, depois de longos anos de bons serviços prestados à Santa Casa de Misericórdia de Sacramento.
Mas sempre que pode, dá um 'pulinho' a Sacramento, como no último final de semana, para a Festa de São Geraldo, onde se encontrou com repórteres do ET. “Foram quase 56 anos de trabalho na Santa Casa, comecei no tempo de seu Lamartine Leite, então provedor, em 1958. Nesse tempo todo, não só trabalhei como morei na Santa Casa, mas de repente eu não me sentia mais em condições de trabalhar e vi que era hora de parar”, afirma.
Uma das melhores recordações é falar das irmãs de São José de Cluny que chegaram para tomar conta da Santa Casa, em 1963. “Ficamos muito amigas, passamos bons momentos, rimos muito e foi um tempo muito bom, maravilhoso. Elas deixaram a Santa Casa, primeiro a direção, depois em 2010, deixaram de ser funcionárias e eu continuei lá. Tinha paixão pelo meu trabalho, mas tive de parar. Sempre que venho, estou lá na Santa casa, fico no meu quartinho que continua lá do mesmo jeito...”.
Nininha nutre também um carinho muito especial pelo Centro de Recuperação do Alcoólatra (Cerea), entidade que ajudou a fundar na cidade e que fazia questão de ajudar, principalmente na confecção de lindas bonecas para o bazar na Festa de São Francisco de Assis. “Passei alguns meses sem vir, mas em outubro eu não poderia deixar de vir à festa do Cerea e agora na de São Geraldo.”.
Dizer quantos pacientes e quantos bebes passaram pelas mãos de Nininha é impossível, mas foram gerações e gerações. Muitos já se foram, muitos são cinquentões, pais e mães e até avós e Nininha se sente lisonjeada com isso. “Fico feliz ao ver essas pessoas. Muitas nem conheço, porque cresceram, outras eu sei porque me falam: 'Minha mãe diz que você me pegou quando nasci'. E, desejo a todos muitas felicidades, que sejam pessoas honestas, pessoas de bem e que Deus abençoe a todos”.