Fim do depósito do Detran no Maria Rosa

O empresário Alonso da Silva Ribeiro, 63,  administrador,  responsável pelo pátio e veículos apreendidos pela polícia civil na cidade, finaliza na segunda-feira, 22, a retirada dos mais de 100 veículos que se encontravam empilhados em depósito alugado pela Prefeitura, próximo à Delegacia de Polícia, no bairro Maria Rosa.

A medida foi tomada após sucessivas reivindicações dos vizinhos e do próprio delegado, Rafael Jorge. “Há muitos anos vimos reunindo veículos ali e aí começam a juntar baratas, ratos, cobras, proliferação de mosquitos, porque os carros ficam empilhados, impossibilitando até uma vistoria. E havia um risco maior, o de um incêndio, que nem gosto de pensar no que causaria, porque é um material que tem tinta, borracha, estofamento, seria um fogo muito perigoso”, reconhece o empresário do primeiro Ferro Velho da cidade.

De acordo com Alonso, que há mais de 30 anos trabalha com sucata e há 25 anos é responsável pelos veículos do Detran, há muito tempo ele se preocupava com a situação do depósito, porém precisava de um espaço adequado e tomou as providências. “Diante dos constantes problemas e reclamações dos moradores do entorno do depósito, procurei o então prefeito Wesley, o Baguá, e reivindiquei a área, justificando a necessidade”, contou ao ET, afirmando que o prefeito expediu documento de concessão para 30 anos de uma área de 5 mil m² próximo ao aeroporto. 

Por enquanto, o pátio, que foi todo murado pelo próprio Alonso, funciona através de convênio entre a Prefeitura e a Delegacia, mas quer transferir o convênio para o Detran.  “Estamos trabalhando  para que tenhamos um convênio direto com o Estado, sob minha responsabilidade”, diz, explicando como funciona o convênio.

 “- Todo veículo apreendido é levado para o pátio, ficando sob minha responsabilidade.  O veículo é devidamente registrado no sistema online, com todas as características, o que proporciona muito segurança. Graças a Deus, nestes mais de 25 anos  nunca tivemos problemas”, informa, destacando a responsabilidade da empresa. 

Alonso informa ainda que o que pagamento que recebe é das diárias dos veículos, pagas pelos proprietários, no ato da retirada, porém, apenas 30% dos veículos são retirados. “Na maioria das vezes, o valor do veículo não compensa a multa,  os veículos ficam no pátio e eu não recebo a diária, mas quando há o leilão eu recebo uma porcentagem”, explica. 

 O pátio conta atualmente com cerca de 150 veículos, mais de 70% dos quais pura sucata, isto é, veículos com perda total, que não têm condições de rodar. “No  ultimo leilão, e faz tempo, não foram leiloados todos os veículos, muitos estão ainda enumerados e não saíram, porque são veículos muito antigos. Há veículo aqui com placa amarela que foi substituída no século passado, em 1999. Esses veículos muito antigos, praticamente não têm utilidade nenhuma, mas têm que ficar guardados, até o Detran decidir o que fará com eles”, explica mais. 

O pátio com capacidade para cerca de 500 veículos é todo murado, tem guarda e é  dotado de alarme a bateria,  pela falta de energia no local, o que já possibilita a instalação de câmaras, que o empresário está providenciando. Com relação à limpeza do local, especialmente na prevenção do mosquito da dengue, Alonso informa que essa responsabilidade é da Prefeitura, e que tem feito a limpeza a cada semana.