Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Feira leva sacramentanos às compras

Edição nº 1436 - 17 Outubro 2014

Movimentadíssima a 'Feira do Brás', tradicional ponto de vendas por atacado e varejo em São Paulo, que passou por Sacramento neste final de semana. Administrada pela empresa Fasemi Comercio e Serviços de Organização de Feiras e Eventos Ltda Me, a feira trouxe a Sacramento 42 lojas, na sua maioria de vestuário, além de outros produtos como louças, perfumarias e bijuterias. A população marcou presença, muitos foram conhecer e avaliar os produtos, mas a maioria foi às compras mesmo. Até lojistas e funcionários passaram por lá para conferir.

Pelo fato de não ouvirmos a empresa Fasemi por ocasião da reportagem veiculada na da última semana, por conta do fechamento da edição, estivemos conversando no sábado, 11, com seu representante, Erick de Oliveira Nagassi, mais conhecido como Japa, organizador da feira itinerante  fundada há pouco mais de dois anos. “A feira tem ponto fixo no Brás, tradicional ponto de fabricantes de São Paulo que, de segunda a quinta-feira, atende naquele bairro e, a cada final de semana, incluindo feirantes de outras cidade, expõe em diversas cidades do interior”, explica. 

A feira chegou a Sacramento com 42 comerciantes, 80% deles, segundo Japa, do Brás, o restante de outras cidades como Jabuticabal, Jacutinga, Miguelópolis, Monte Sião, Porto Ferreira, Ribeirão Preto. O objetivo da feira é levar mercadorias a preços acessíveis para pessoas que não podem, por exemplo, ir fazer compras no Brás. “Nossa propaganda é 'Se você não vai até o Brás, o Brás vem até você', isto é, vai, onde está o público consumidor. Daqui a São Paulo são 500 km, a gente vir aqui com a feira é mais barato que as pessoas irem até o Brás”, justifica. 

De acordo com Japa, que tem um estande de bermudas na feira, 99% das cidades já tentaram impedir a feira, mas ela é realizada, porque a própria Constituição garante o livre exercício de qualquer atividade econômica. Desde que cumpramos com toda a legislação e pagamento dos impostos não há como impedir. A gente trabalha certinho, para não ter problema e temos um custo alto para trazer a feira: ISS, taxa de ambulante, alvará para cada expositor, espaço privado, água, energia...”, justifica.

De acordo com Japa o embargo acontece na maioria das cidades, devido ao preço que praticam, principalmente por conta dos comerciantes de roupas. 

A Fasemi funciona como uma associação formada por comerciantes independentes. “Cada associado da feira é responsável pelo transporte e documentação da mercadoria, porque se der problema, não afeta o grupo, cada um responde por sua mercadoria. A Fasemi monta a infraestrutura e cada sócio paga o seu espaço, mas a responsabilidade com a mercadoria é de cada um. Se chegar uma fiscalização aqui, ela terá que buscar a documentação em cada barraca”, explica, informando que nesses dois anos nunca tiveram problemas, além dos embargos, que sempre foram derrubados na justiça. 

Por fim, Japa comenta o movimento que a Feira traz à cidade. “Não trazemos prejuízos aos lojistas, pelo contrário, geramos emprego nesses três dias, trazemos movimento para os hotéis, postos de combustível e com alimentação. Mais de 100 pessoas estão trabalhando aqui e quase 50 são da cidade, como balconistas dos estandes, faxineira, flanelinha, segurança e suporte geral”, informa. 

 

Lei é para todos

Para os lojistas da cidade, a Feira do Brás funcionou na cidade com várias irregularidades. ‘‘Apontamos para os secretários os erros e eles nos disseram que os reconheciam, mas naquela altura nada poderia ser feito. Ora, isso é um absurdo. A lei não é para todos? - como disse o advogado do prefeito, e que deve ser respeitada? Por que não respeitaram nosso direito de exigir que cada feirante estivesse com sua documentação? - como exigem de nós. Entendemos que a Constituição faculta o livre exercício da profissão e do trabalho, mas desde que sejam cumpridas as leis, no caso a documentação de cada loja ali instalada. O que não foi exigido’’, lamentaram.