No dia 11 de abril faleceu em Uberaba, aos 94 anos, nossa querida e saudosa, Da. AUGUSTA FLORENTINO CUNHA, carinhosamente chamada pelo seu inesquecível esposo Sr. Ivomir Cunha e seus familiares de “tia Fia”.
Agora faz desses momentos com o seu querido Ivomir, um eterno reencontro. E ele, imensamente feliz ao recebê-la, relembra sua vivência com esta mulher magnânima, mas simples na imensidão de seu amor.
Fazendo-se respeitar em sua dignidade, trazendo dentro de si a força, coragem, integridade e a expressão plena da natureza feminina de ser mãe abnegada, segura e vigilante. E esposa amorosa, atuante, prudente e respeitada.
Em sua íntima vaidade e nos momentos de lazer, D. Augusta sempre se apresentava à sociedade como a mais formosa dama, vestida com roupas da moda, de cores alegres e vibrantes como o vermelho, estampas florais e “oncinha”. Sem jamais se esquecer do batom brilhando em seus lábios e as unhas sempre esmaltadas. Além de vibrar com apresentações de bandas de música e fazer sua esperançosa “fezinha” no jogo de bicho.
Sem segredos, em sua personalidade forte, possuía grande presença de espírito, sempre expunha corajosamente, suas opiniões em qualquer situação.
Extremamente religiosa, participava constantemente da partilha na “Casa da Sopa”, situada à época no bairro “Atrás do Morro”, onde juntamente com outras beneméritas, faziam a saborosa sopa para a vizinhança necessitada, bem como preparando lanches para presidiários além de fornecer diariamente leite aos necessitados que batiam à sua porta, quando residia na chácara do curtume.
E na mesma esteira, foi uma espírita convicta e cheia de fé, respeitando sempre as demais religiões.
Em sua bendita maternidade, D. Augusta trouxe à luz sete filhos: a querida menina Ilza, e os amados Ataliba (Major)e Alencar, de saudosas memórias, bem como Ivo (Maninho), Márcio, Emanuel (Mané) e Ivomirzinho, aos quais enriqueceu com nobres princípios de probidade, honradez, labor, respeito, abnegação e amor.
Sempre foi uma mãe séria e enérgica, porém, de muito bom coração, sem jamais ter castigado nenhum deles, e muito menos a sua filhinha Ilza. Ao revés, sempre os educou juntamente com seu dinâmico esposo, conduzindo-os no dia a dia com avisos prudentes, nobres exemplos, habituando-os ao espírito de disciplina, ao amor ao trabalho e ao sentimento de respeito.
Pelo seu coração de mãe sábia e prudente, terna e sempre amorosa, D. Augusta conseguiu conduzir a vida de seus filhos nos caminhos da paz, mais terno e mais perto do amor, fazendo-os sobrepujar também a todas as vicissitudes da vida, na conquista de um mundo mais humano, mais justo e fraterno.
Às suas noras Tereza, Mariângela, Maria Augusta, Cristina, Marina e Suzane e aos genros Luiz Antonio e Maurides, sempre dedicou muito respeito e apreço.
Sobremaneira amorosa com sua família, devotou aos pais Antonio e Maria um amor sem medidas, bem como aos irmãos Chinica, Sena, Berta, Mariana, Tianinha, Marta e Tino.
Enfim, D. Augusta foi a mulher ideal, também para seus queridos netos e netas. Embora um tanto distante, incutiu-lhes o exemplo da coragem para enfrentarem os momentos de sua infância com paciência e nobreza de espírito.
Por tudo isto, Da. Augusta, seus filhos, netos e demais familiares lhe serão eternamente gratos.
Descanse em paz!
Ivone Regina
Conselheira Seccional da OAB-mg