Edição nº 1371 - 19 Julho 2013
A vaca puro sangue, Marina, de Cléria Scalon, da fazenda Scala, foi a grande Campeã da Expogal 2013, produzindo 228,3 kg em nove ordenhas, uma média de 76,1 kg/dia, no 34º Torneio Leiteiro, que contou com a participação de 14 animais. O título de Reservada Campeã ficou com a faca Pompéu - vaca 5/8 e ¾, de José Humberto Ramos/Fazenda Dama, com um total 176,6 kg e média foi de 58,37 kg/dia.
O empresário José Humberto conseguiu outros dois primeiros lugares, com os animais, Pomposa, ¼ e ½ sangue; e Itaúna, na categoria novilha girolanda. Também em 1º lugar na categoria novilha 7/8 puro, a vaca Natuza, de Weber Lúcio de Melo. (veja na tabela o resultado oficial).
A premiação, adiada porque o prefeito Bruno Cordeiro não pôde estar presente, vai distribuir troféus e mais R$ 17.700, 00 entre os vencedores, sendo R$ 1.250,00 (1º), R$ 500,00 (2º) 3 R$ 300,00 (3º); R$ 2.000,00 (reservada campeã) e R$ 7.000,00 (grande campeã).
Secretário Brischi faz avaliação positiva
Ricardo Brischi, secretário de Agricultura e Pecuária do município avaliou positivamente a 34ª Expogal. “Foi uma parceria muito proveitosa essa que fizemos com o Sindicato dos Produtores Rurais e a Associação Comercial. No torneio leiteiro, apesar da antecipação da data em um mês, tivemos uma boa participação e o resultado geral foi muito bom”.
Também positiva foi a avaliação do presidente do Sindicato dos Produtores Rurais, Hermógenes Vicente Ribeiro. “Foi muito positiva a nossa parceria, apesar de no início termos ficado apreensivos com a mudança da data, mas felizmente houve adesão e deu este bom resultado, como no torneio leiteiro, mostrando animais de altíssima qualidade”, afirma.
Falando sobre o Shopping SW de Gado Leiteiro, realizado no domingo, 14, com a participação de dez produtores que trouxeram 44 fêmeas leiteiras, disse que o resultado foi muito bom. “Tivemos animais de excelente qualidade, sendo a maioria negociada entre vendedor e comprador, sem interferência. Mas a Credicoasa, estava presente para quem precisasse de recursos”, avaliou.
Fernando Borges Gomes, presidente da Associação Comercial e Empresarial (ACE) também avaliou positivamente os primeiros dias da Expogal. “Foi uma união de forças para inovar e vimos acontecer com muito sucesso a Feicom. Infelizmente nesta primeira edição não houve a participação do comercio local, mas os associados viram toda a estrutura e a movimentação o que foi muito bom, porque vários já manifestaram interesse para o próximo ano”, informou. De acordo com o presidente, como não houve a participação do comércio, a Feicom funcionou mais como divulgação.
Leite desperdiçado poderia ser doado
Foi tanto banho de leite e descontração, após a revelação dos resultados, que acabou sobrando para a repórter do jornal, que teve seu gravador danificado (foto).
Essa prática que acontece há anos, política e ecologicamente incorreta, bem que poderia ser transformada em doação do leite às entidades da cidade.
Os 21 animais, produzindo quase duas toneladas de leite em nove ordenhas: 1957,5kg, demonstraram o alto nível da bovinocultura de leite no município e os investimentos dos proprietários nas fazendas.
Os organizadores destacaram com o Troféu Alegria e um banho de leite o tratador de animais, Alceu Rezende da Cunha, 48, a serviço do produtor José Arthur. “Levei o troféu Alegria pelas brincadeiras aqui nestes cinco dias cuidando dos animais. Era só brincadeira, piadas e era um riso só do pessoal. Ninguém dormia, aera só alegria”, lembrou, agradecendo a homenagem.
Luciano agradece homenagem feita a Milton Skaff
Há o ditado “filho de peixe, peixinho é” e de fato, Luciano Skaff foi requisitado para ajudar na organização do Torneio Leiteiro, pelo aprendizado que teve com o pai, o médico Milton Skaff (foto), de saudosa memória, idealizador do I Torneio Leiteiro, em 1979. E todos se lembram que o primeiro foi realizado num único dia, debaixo de um eucalipto, no local onde é hoje o Parque, cuja área foi doada também pelo médico.
E, com justiça, Milton Skaff, por iniciativa dos organizadores, tornou-se o Patrono do Torneio Leiteiro. Emocionado, Luciano agradeceu a homenagem. “Tudo o que se refere ao papai toca muito a família. Papai era apaixonado por Sacramento, por fazenda, tinha visão de crescimento. Foi um homem de família e da família e era um homem desprendido, que deixou muita coisa boa para a cidade. Essa homenagem representa o reconhecimento da cidade. Ficamos muito felizes e agradecido por issop”.
Gina Cerchi Crema, filha de Leonildo (Nino) Luigi Cerchi, reconhecidamente homenageado como patrono da Feicom, também agradece a homenagem. “É o reconhecimento pelo empreendedorismo de papai, a participação dele nas exposições e nós mantemos essa tradição, não com o intuito de ganhar, mas de mostrar o que Sacramento possui, mostrar que é possível a alta produção', frisou.
Em Audiência Pública, produtores cobram regulamentação da lei do queijo artesanal
Desconhecimento sobre a realidade de fabricação do queijo artesanal e insegurança jurídica para a comercialização do produto são os maiores entraves para a expansão do negócio para outros Estados, apontados por parlamentares e representantes do setor em audiência pública da Comissão de Politica Agropecuária e Agroindustrial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), realizada em Sacramento na sexta-feira, 12.
O deputado Antônio Carlos Arantes, presidente da Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial, em sua fala destacou a importância da Lei 20.549, de 2002, oriunda de proposição de sua autoria e que dispõe sobre a produção e comercialização dos queijos artesanais de Minas Gerais. “Chegamos a uma legislação que simplifica a vida do produtor, sem abrir mão da qualidade do queijo produzido. As inúmeras condições impostas atualmente para a venda do produto são uma contradição, se observarmos a qualidade e o profissionalismo do seu processo de fabricação”, afirmou.
Arantes também abordou o esforço realizado pela ALMG no sentido de adequar a regulamentação existente aos anseios do setor, por meio de visitas ao Congresso Nacional e da realização de discussões para coleta de sugestões capazes de embasar medidas de proteção aos comerciantes e facilitar a venda do produto fora do Estado. Antônio Carlos Arantes ressaltou, ainda, que, dos 30 mil produtores de queijo artesanal em Minas Gerais, pouco mais de 200 estão em situação legal.
Já o deputado Adelmo Carneiro Leão, citou as proibições impostas aos produtores e destacou “exigir do produtor requisitos que não podem ser cumpridos é uma insensatez. Obviamente o queijo artesanal pode conter elementos contaminantes, mas que podem ser controlados, como ocorre em relação a diversos produtos”, disse. (ALMG)