Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Reunindo família e amigos, Curão festeja seus 50 anos

Edição nº 1400 - 07 Fevereiro 2014

José Henrique Cordeiro Demartine, nosso Curão, completou 50 anos no dia 28/01,mas a comemoração foi no dia 01/02 e fez valer a data numa big e agradabilíssima festa. Afinal é meio século de vida. Filho de Alexandre Demartine, mais conhecido por Nenê Demartine (in memorian) e de Maria Ana Cordeiro Demartine, a mais honrosa presença na festa, no alto de seus belíssimos 80 (e poucos anos...). 

 Órfão aos 14 anos, Curão tem do pai as mais agradáveis lembranças. “Papai era um homem muito trabalhador e nos deixou uma educação muito sincera, correta, honesta, enfim, grande. Ele foi comerciante, dono da Venda do Nenê, onde hoje é o Açougue Ideal, ali na esquina da Cgo. Julião com a Antônio Carlos. “A venda não é do meu tempo, mas a mamãe e os mais velhos contam. Lembro-me dele como trabalhador rural, trabalhando com o Padre Saul nas Amoras com o bicho da seda, foi também feitor de “pau de arara”... E terminou os dias trabalhando na Bonargila, deixando-nos uma lição eterna com a participação, claro, de nossa mãe, Maria Ana Cordeiro: a unidade da família. Quer tesouro maior?

 

A vida em Sacramento e Sampa

Em Sacramento, José Henrique começou moleque a frequentar as ruas do Chafariz. Magrelo, de pernas compridas e canelas finas, não deu outra. Logo recebeu o apelido de 'saracura', e daí para Cura e hoje é Curão. Recorda esses tempos em que levava, todo o dia, a marmita para o pai, na Bonargila com muita alegria. Foi ali, escorregando no monte de minério que um dia deslizou demais e bateu contra a parede e cortou o queixo, ficando uma cicatriz para marcar esse tempo feliz.

 Curão recorda que a vida não era fácil para a família. Muito simples, em casa, com nove filhos, a comida era sempre o trivial arroz, feijão e uma mistura, mas nunca faltou comida. A mistura gostosa e as sobremesas, a meninada aprendeu o caminho, era na casa da Mama (Da. Maria Demartine), uma doçura de 'mama'. “Ali tinha muita fartura e comida gostosa”, recorda Curão, lembrando das três tias maravilhosas, as irmãs Olga, Landa e Dinha, que criou minha irmã, Ana. Elas nos tratavam como filhos.  A Mama também era muito boa, mas muito severa e dizia: 'Lá vem os filhos da Mariana'. E era mesmo uma 'renca' de filhos. E sempre nos esperava com uma comida  muito gostosa. Além disso, elas nos tratavam muito bem”.  

 Boa parte da vida, José Henrique passou em Sacramento. Fez os estudos na Escola Coronel e lembra com saudade das professoras Abadia Marques, Irene Mendes, Glória Gomide... A diretora era dona Aracy, depois dona Corália e dona Célia. Concluído o ensino médio na Escola Coronel, José Henrique cursou Técnico em Agropecuária, na Escola Maria Crema. 

 Há 24 anos, José Henrique reside em São Paulo, onde exerce o cargo de gerente de vendas da Indústria de Laticínios Coronata, há 23 anos.  “Até chegar aqui passei pelo meu primeiro emprego, com carteira assinada, com o  Jorge do Conde (Jorge João Borges). Portanto, estou completando este ano 35 anos de contribuição no INSS. Posso me aposentar. E devo isso ao  Jorge, que era proprietário da Casa Borges, de produtos veterinários. Na mesma loja, com os novos donos, o Dídia Magnabosco e o Orozimbo, continuei trabalhando até que me transferi para a Casa Ferreira. Mas fui também Carcereiro e motorista da Andrade Gutierrez  

Em 1990, surgiu a oportunidade de ir para São Paulo, a convite do empresário Douglas Ribeiro Souto. “Fiquei com ele um ano e logo  o Willian Ribeiro, dono da empresa Coronata, me convidou para gerenciar seu depósito de vendas dos produtos Coronata e estou lá há 23 anos como gerente. Praticamente, metade da minha vida passei em São Paulo e, foi um amadurecimento grande. Quando saí daqui tinha medo até de dormir no meu quarto escuro, chegando lá, não tinha onde dormir, por um ano dormi num barracão onde ficavam os caminhões de queijo”, recorda.  

Depois as coisas foram melhorando, até que me casei com Alessandra e fui morar num apartamento do William, em Moema, mas logo comprei um imóvel. Fiquei uns tempos com o João até o apartamento ser entregue e lá estou até hoje, muito feliz com minha esposa Alessandra, graças a Deus.  

 

Gerente Geral da Coronata, José Henrique chefia uma empresa que distribui, semanalmente, na grande São Paulo, quase 200 t de produtos lácteos, tendo como carro chefe o requeijão para pizza. Tudo o que chega já está vendido. E graças a Deus, o William deposita em mim e na Alessandra, que trabalha conosco há 16 anos, total confiança e tudo passa pelas nossas mãos”.

 

Fazer 50 anos

Fazer 50 anos, compartilhar com familiares e amigos tão bela data, para José Henrique é tempo de agradecer por tudo. “Aniversário é dia de comemorar a vida e tenho que agradecer a Deus pela vida, pela família, pelos amigos, que os tenho muitos, tanto em Sacramento quanto em São Paulo.  Agradeço a Deus pela saúde”, reconhece. 

 

José Henrique é casado com Alessandra Maria de Oliveira Demartine,há 19 anos e tem nela um referencial. “Alessandra é tudo para mim, é meu braço direito e por que não o esquerdo. Falo pra ela que se algum dia ficar viúvo, não  me casarei mais, porque mulher igual Alessandra, não encontrarei jamais. Somos casados há 19 anos, mas já estamos juntos há 26 anos, porque foram sete de namoro. E agradeço a Deu por essa nossa convivência”.