Liteira e Laredo os grandes campeões da IV Copa de Marcha de Sacramento

A égua Liteira da Esperança, do produtor José Luiz Palma, de Altinópolis (SP), recebeu o troféu de Campeã das Campeãs de Marcha; e o cavalo Laredo da Nova Tradição, de Luiz Francisco Pandolfo Sheriner, recebeu o título de Campeão dos Campeões, na IV Copa de Mangalarga Marchador, realizada pela Associação dos Criadores de Cavalo Mangalarga Marchador do Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas, no Parque de Exposição Hugo Rodrigues da Cunha, no último sábado, 5. 

Os troféus de Reservados Campeã e Campeão foram entregues aos criadores proprietários de Selva Silvestre, de Marco Valério, de Uberlândia; e Grego HC, de Hélio Cardoso, de Ituiutaba. Ranqueada no circuito nacional, os quatro animais estão classificados para a Copa Nacional, em julho do ano que vem, em Belo Horizonte. 

Os Com 89 animais (72 registrados e 19 com controles provisórios), foi considerada pelo coordenador do evento, o criador Antônio Claret Zandonaide, “a melhor copa realizada em Sacramento”. 

O Haras Zandonaide (HZ) participou da IV Copa com cinco animais que tiveram bom desempenho na disputa, embora Claret reconheça que os animais pudessem ter sido melhor preparados: “Foi muita chuva e os preparativos para a festa no parque tomaram tempo dos peões”, justificou, informando a classificação do Haras HZ: uma égua e uma potra, classificadas em terceiro lugar; dois cavalos, também em terceiro lugar, e o cavalo Muçum, campeão da categoria de Cavalo  Sênior.

Pioneiro na criação dessa raça no município, Claret reconhece com satisfação que já não é o único criador no município. “É crescente o interesse pelo mangalarga marchador. Já temos o Ézio, o Thiago, Maurício Siviere, José Renato Marques e outros. Isso é muito bom, pois é um incentivo para aumentar a produção”, afirma e destaca a doação que o empresário José Renato fez de dez bolsas litografadas com a marca da Associação para IV Copa.

Com falta de energia no parque, na véspera, e só restabelecida às 10h30 do dia seguinte, retardando o início e obrigando o julgamento a terminar à noite, em pista sem iluminação, para Claret foi um problema sem importância alguma. 

Lamentando a perda de um cavalo do jovem criador, Thiago Zandonaide, por conta de um incidente ocorrido durante a última Expogal, Claret explicou o que aconteceu.  “Alguém abriu as portas das baias e todos os cavalos e éguas fugiram do local. O cavalo de Thiago, um excelente animal, com certeza com um futuro brilhante nas pistas, inclusive com dois títulos de campeão nas exposições de Uberaba e Uberlândia, machucou o joelho e foi obrigado a ser sacrificado no hospital veterinário, em Ituverava”, lamentou.

Finalizando, o criador fala das excelentes condições de visibilidade da pista de competição. “Este local sempre deu boa visão para o público acompanhar o julgamento, faltando apenas um gramado, certinho. Nós que, participamos muito de eventos desse tipo, vemos falhas em todos os lugares, mas aqui pode ser melhorado, porque é um parque para grandes eventos”, finalizou.

Animais de altíssima qualidade   

Antônio Basílio, um dos maiores experts na raça, em entrevista ao ET, elogiou o evento. “Coordenada pelo Claret, uma referência de criador na região, em Minas Gerais e no país, a Copa de Sacramento se tornou tradicional, representando um momento de integração e congraçamento da turma, o que mostra a força desse criador para a raça mangalarga marchador”.

Para Basílio, “essa concorrida participação dos criadores engrandece a parte técnica  que vem melhorando ano a ano, além de termos esse convívio social”. Hoje, dono do Haras Basílio, em Uberlândia, que produz animais de alta linhagem conhecida genericamente como grupo 53, apto para o trabalho de campeio, Antônio Basílio é técnico da Associação há quase 30 anos. 

O árbitro da IV Copa, Diego Rodrigues Vitral, também fez uma avaliação positiva da competição. “Tive a oportunidade de julgar a segunda Copa e agora a quarta. Pude perceber a evolução no evento, não apenas em número de animais como, também, na qualidade, crescendo muito nesse espaço de dois anos. Isso se deve à organização, ao comprometimento com o mangalarga marchador e à participação dos criadores que apoiam e prestigiam a Copa de Sacramento, que tem animais de altíssima qualidade e que podem representar  a raça em qualquer exposição no país”.