Mais uma vez a sociedade sacramentana se fez presente na Chácara Bela Vista, na tarde do último dia 29, para prestigiar a 9ª edição do Leilão Direito de Viver, em prol do Hospital do Câncer de Barretos (Fundação Pio XII), promovido pela Associação de Voluntários de Sacramento. O tesoureiro da Associação, Fernando Martins Ranuzzi, divulgou ao ET na quinta-feira, 4, a arrecadação parcial da 9ª campanha, R$ 70.000,00, informando que há ainda dinheiro a receber e cheques pré datados a descontar.
Prestigiando o evento, o assistente de captação de recursos do hospital, Marcelo Melo, acompanhado da esposa, Tânia. Feliz com a realização de mais uma boa ação, agradeceu. “São ações como esta que movem e mantêm o nosso hospital”, reconheceu, revelando o custo operacional da instituição.
“- O Hospital do Câncer de Barretos realiza em média 4 mil atendimentos/dia, gerando um custo operacional de 20 milhões de reais por mês. Temos verba do SUS e dos governos estadual e federal que chegam a 12 milhões de reais, porém não são suficientes. E acabamos fechando o mês com um déficit de oito milhões, que é suprido por esse envolvimento da população, em campanhas como este leilão”, disse.
De acordo com Marcelo, o HCB atende pacientes de mais de 1600 municípios de todos os estados. “Temos hoje várias unidades, entre hospitais e carretas, mas com todo o suporte necessário para o tratamento. Os hospitais foram criados visando diminuir as filas em Barretos, diminuir o tempo de retorno e as distâncias de viagens de pacientes. Essas unidades estão localizadas em Porto Velho (Rondônia), Campo Grande (Mato Grosso do Sul), Juazeiro do Norte (Bahia), Jales e Fernandópolis, (ambas em São Paulo), além de seis unidades móveis, que levam a prevenção para todo o país”, disse mais.
Como ajudar o HCB
Além das campanhas como o leilão Direito de Viver, realizado anualmente na cidade, há outras formas de ajuda: os cofrinhos, espalhados em vários pontos comerciais, onde as pessoas podem colocar qualquer quantia. “O cofrinho permite que qualquer pessoa possa fazer a doação, afinal todos têm uma moeda de dez centavos, por exemplo. Em 2012, os cofrinhos renderam mais de R$ 1 milhão e 10 mil reais em todo o Brasil”. Em Sacramento, a madrinha dos cofrinhos é a professora Zeina Veranilce’’ , disse.
O estudante Victor de Souza Silva, 13, é o mais jovem voluntário da cidade. Victor seguiu o exemplo da vovó Adary (Cristina Flores),voluntária do HCB e, desde os oito anos. Residindo em Franca, vai ser o responsável pelos Cofrinhos naquela cidade.
Em 2012, segundo Marcelo, de Sacramento foram encaminhados 80 pacientes, uma média de 600 procedimentos destinados só a esses pacientes. “Muitos desses vão ao hospital várias vezes por ano e são submetidos a vários procedimentos. É importante destacar as casas de apoio (alojamentos), destinadas ao bom atendimento dos pacientes e acompanhantes, por entendermos que a presença da família e o acompanhamento ajudam muito no tratamento. Nessas casas de apoio são servidas diariamente mais de sete mil refeições”, informou.
O HCB fechou o ano de 2012 com 674.403 atendimentos realizados a 100.577 pacientes, de 1.541 municípios de todos os estados do país. Para atender a essa demanda, o hospital conta com 260 médicos e mais de 3 mil funcionários. Mantém, ainda, 13 alojamentos oferecidos gratuitamente a pacientes e acompanhantes, com 650 lugares.
José Ezequiel Dantas, Dedé, o idealizador do leilão Direito de Viver na cidade, e que logo conquistou inúmeros voluntários fala de sua alegria a cada realização. “Cada leilão é a certeza do dever cumprido. É uma alegria ver quantas pessoas vêm apoiar, tantas ajudas que temos, desde o espaço cedido pela família De Santi de Melo; ao pasto cedido pelo Barão; aos caminhoneiros que fazem o transporte; leiloeiros, doadores de bezerros e outras prendas. Também aos cavaleiros que promovem a cavalgada para atrair as pessoas, todos, todos, voluntários unidos numa mesma causa. E, para coroar o sucesso, temos o prestígio, o apoio da população para salvar vidas. Por tudo isso, só temos que agradecer, porque essa campanha é de todos. Graças a Deus estamos na nona edição dessa campanha que começou pequena, mas que a cada não cresce mais e mais”, agradeceu.