Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Festival de Inverno debate história regional e “Encanta Vale”

Edição nº 1365 - 07 Junho 2013

O V Festival de Inverno na sua quarta semana de atividades, reuniu ativistas, pesquisadores , artistas e prefeitos,  no último final de semana, que teve duas mesas redondas: a primeira no sábado, dia 1º,  sobre História Regional e, no domingo, 2, sobre Financiamento Cultural Coletivo e  muito  mais, exposição Helisa Grou, com artesanatos de Igarapava (SP), Campeonato Circuito Minas Gerais de Xadrez Rápido,  o Encanta Vale,  a premiação da II Mostra de Curta Metragem e do II Concurso de Fotografias e a presença da dupla Miramontes e Toni Marcel, de Igarapava e da Orquestra de Viola de Sacramento, além do julgamento do Concurso de Fotografias. 

 

História Regional e Financiamento Cultural em foco

 

O debate sobre História Regional coordenado pelo prefeito Bruno Scalon Cordeiro teve a participação do históriador Júlio Cesar Pereira, autor do livro,  “Sancas e Marimbas, a saga do terreirão”, que falou sobre a cultura afro no município; de Ana Paula Valadares, bisneta de José Valadares da Fonseca, o ex-prefeito de Sacramento entre 1947/1950 e que discorreu sobre a vida do  bisavô e,  o escritor araxaense, Ernesto Rosa, que abordou aspectos do Desemboque, marco inicial do Triângulo Mineiro.

O prefeito Bruno Scalon Cordeiro na sua explanação falou da  vida de seu avô, João Cordeiro, ex-prefeito do município no quadriênio 1951/1954. 

O debate, 'Financiamento Cultural Coletivo' (Crowdfunding), com o tema, 'Patrimônio Cultural: presente, passado e futuro', foi coordenado pela pesquisadora de inovação e tendências de São Paulo, Mariana Nobre, com a participação de membros de São Paulo e Ribeirão Preto e do jornalista Geraldo Elísio, de Belo Horizonte. 

Já o Festival Encanta Vale, idealizado em 2009, pelo fotógrafo e produtor cultural rifainense, Ernani Baraldi, e que tem como proposta a inserção de novas linguagens culturais no Vale do Rio Grande, de fato encantou, pois o Festival é uma miscelânea que promove o encontro de diversos artistas.  E, como de costume, Baraldi  quebrou paradigmas no Vale, encantando e se comprometendo em executar um projeto com tendências de vanguarda, valorizando a diversidade,  promovendo intercâmbio  cultural, protagonismo coletivo e a visibilidade do fazer cultural dos coletivos de artistas que se encontram fora da mídia e dos espaços formais da produção cultural, apresentando uma visão crítica e ao mesmo tempo sensível do momento social de criadores e criaturas. 

"- Este é o objetivo maior, senão, para que lutar com um ideal, só para dizer, sou produtor? Não. Sei que não posso mudar o mundo, mas levantarei a bandeira de idealismo para primeiro influenciar, e assim, mesmo não sendo eu o executor de outros projetos - digamos, copiados – ainda estarei muito feliz, pois o que estamos fazendo esta refletindo, e quem ganha é a comunidade, em especial, as crianças, afinal nelas está o futuro", explica. 

No palco, o   encantamento do vale ficou a cargo de quatro atrações francanas: a Banda Clube dos Bagres e Magma Safari. Intervenção teatral com o monólogo Inhô Prosa e, ainda, discotecagem do Coletivo Luz Azul. E, de São Paulo, com os grupos, Omo Abayá, Acabocariae,  discotecagem dos coletivos Prato do Dia e Ferro na Boneca. 

Para o idealizador, Baraldi, "nesta quinta edição, não deixamos de exercer nosso papel de multiplicadores da “revolução cultural,  estendemos nossos laços, debatemos, dançamos para os  orixás, meditamos em um templo piramidal, vimos o pôr-do-sol,  falamos com "pacha mama" e absorvermos todas as camadas mais sensíveis do contato com a natureza, exatamente neste momento de transição, de mitos e bombas, entre Feliciano's da vida, que acham que o que fazemos é 'coisa do diabo', enquanto o Brasil, este, segue colonizado pela enganação do futebol".