Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Morador é vítima de chuva

Edição n° 1301 - 16 Março 2012

Domingos Donizette dos Santos,  morador na esquina das ruas Cecilinha e Brasilino de Carvalho,  no novo loteamento que está se formado acima do Ginásio Poliesportivo Marquezinho, de propriedade de Vicente Eustáquio da Matta (Tim) denuncia a entrada de água em sua residência na tarde do domingo, 11, afirmando que essa não é a primeira vez. “A chuva forte que caiu na cidade na noite de um desses sábados passados também inundou minha casa de água e lama, informou. 

De acordo com Domingos, ele comprou o terreno, conforme consta da escritura, na esquina das duas ruas, com uma delas, ainda não existente. Na abertura da nova rua, respeitando o traçado da quadra, ficou uma faixa de terreno de 3,5 m x 20, colada ao muro do lado direito da casa e bem abaixo do nível da nova rua aberta. Foi quando começou o problema.

“- Quando era o pasto, a enxurrada não se formava, a água se dissipava por lá mesmo e nunca aconteceu de entrar água aqui em casa. Com a rua asfaltada o problema apareceu. E mais ainda depois que o Tim da Matta construiu um muro de arrimo cercando o final dessa pequena área, por onde a água escoava. Agora, a água acumula aqui, forma um bolsão, ultrapassa o arrimo que fiz para erguer o muro e invade a área externa de minha casa, onde temos a lavanderia e uma varanda” – denunciou, levando os repórteres ao local. 

 De acordo com Domingos não houve acordo com o empresário Tim da Matta. “Ele quer nos vender o terreno por R$ 23 mil, depois baixou para R$ 16 mil, mas eu acho que a área deveria ser anexada ao nosso terreno. O erro não foi nosso. Compramos como se fosse terreno na esquina, conforme reza na escritura. Além disso, é preciso fazer um arrimo muito alto para segurar a rua, porque vai desmoronar tudo ali” – queixou-se, com o apoio dos filhos, Fernando e Iris, que lamentam o ocorrido.

“Eu acho que essa área nos pertence de direito. Mas tem chateado tanto meus pais que se tivéssemos dinheiro teríamos comprado. Infelizmente, já temos uma prestação alta do financiamento da casa. Não temos como comprar. O que queremos é que ele tome as providências de tirar aquela água dali. E vender prá outro ele também não pode, pois na escritura está lavrado que nosso terreno é de esquina”, disse o filho Fernando, com o pai completando: “A primeira vez que aconteceu, falei com o Tim e ele prometeu arrumar. E agora veio outra chuva forte e invadiu a casa de novo. Por isso, faço mais uma vez, publicamente esse apelo, para que ele tome providências”. 

Na casa, além de ‘seu’ Domingos, que trabalha na serraria, moram também a esposa Maria, portadora de deficiência física, por ter amputado a perna esquerda, os filhos Fernando e Iris e uma neta. “Todos saímos para trabalhar, fica a mulher sozinha aí com a neta, se acontecer alguma coisa, ela escorregar, vai ficar no chão até chegar alguém”, disse Domingos, preocupado.

O empresário Vicente E. da Matta, procurado pelo ET, até o fechamento da edição, não havia se manifestado.