Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Amigas de Corina dão depoimento em seu centenário

Edição n° 1322 - 10 Agosto 2012

As irmãs Heigorina Cunha e Ionete Cunha Bessa, amigas de vivência e convivência com Corina Novelinotêm grandes lembranças da  amiga,  da mestra e  da companheira de tantos anos. Heigorina, onze anos mais jovem do que Corina, trabalhou a seu lado como voluntária na costura deagasalhos. “Corina para nós era uma amiga, irmã e mãe, nós a chamamos de 'Mãe Corina'. Ela era tudo, fazia parte não só da nossa família consanguínea, mas espiritual também. Ela nos ajudou muito e, com mamãe, fazíamos enxovaizinhos de bebê e como voluntárias ajudávamos mãe Corina na confecção de roupas que eram doadas aos que precisavam”, recorda Heigorina, 89.

Ionete, 20 anos mais nova do que Corina, e que foi sua aluna nas letras e na religião, seemocionou ao recordar a antiga mestra. “Corina marcou muito as nossas vidas. Eu era muito tímida, então, Corina e Amália Ferreira me ajudaram asuperar a timidez e uma das formas usadas,  era a declamação de poesias. Tanto que sei até hoje, de cor, o poema, “A For do Maracujá”, de Catulo da Paixão Cearense”, disse, declamando com emoção, para deleite dos repórteres. 

Na Chácara Triângulo, o centenário de nascimento de Corina Novelino será lembrado com várias homenagens, neste final de semana. No sábado, às 19h, encontro das filhas de Corina e, no domingo, dia do nascimento de Corina, 12 de agosto, as homenagens iniciam-se às 8h, com a peça de teatro, Joana de Cuza, escrita por Corina, interpretada pelas meninas do Lar de Eurípedes; apresentação do Mini Coral Sol; culto das 9h e, em seguida, lançamento do livro escrito pelo professor Carlos Alberto Poggetti, sobre a vida de Corina Novelino.

Questionadas pela repórter sobre o que diriam a Corina, hoje, ao completar um centenário de seu nascimento, Heigorina Cunha disse que daria um abraço e falaria da saudade. “Nestes seus 100 anos, eu abraçaria Corina e diria:Cora, Cora estou aqui com amigos falando de você e, daí você está registrando o carinho deles e de todos com você nestes 100 anos de sua vida. A saudade é grande,  Corina, grande como você é”, disse, emocionada. 

A sua aluna, Ionete Cunha, destacou o saber recebido da Profa. Corina. “Ah, Corina, quero dizer, do fundo da minh'alma, com os 80anos que vou completar, que tive duas mulheres extraordinárias na minha vida: a minha mãe, que me deu a vida e,  você Corina, que me deu o saber. Você me ensinou a ler e escrever e muito mais, me ensinou o evangelho de Jesus. Você teve a devida paciência comigo e me ensinou a interpretar cada parábola. E louvado seja Deus! Há 60 anos no Paraná, nunca perdemos a oportunidade, quando somos convidadas para repartir a boa nova do Cristo. E sempre, sempre você esteve presente nos ensinamentos que aprendi em cada mensagem. Todo meu reconhecimento, minha gratidão eterna  e temos a certeza de que você está feliz com todos os sacramentanos, porque você, com a sua humildade será sempre lembrada hoje, como foi ontem, e será sempre a mãe  de todos, sempre a Mãe Corina”, disse.