“Esse é o caminho, o café está em alta e isso vai gerar mais recursos, inclusive para o município. Fico satisfeito por ver um viveiro tão bem cuidado, a gente sente prazer em ver isso aqui”, elogiou o prefeito Wesley De Santi de Melo, ao visitar o viveiro de café da prefeitura, na manhã da última quinta-feira, em companhia do secretário Luiz Constantino Bizinoto, a quem creditou, e a toda sua equipe e aos parceiros, o sucesso do projeto.
Destacou o prefeito as parcerias firmadas entre prefeitura, Emater e o próprio produtor. “A Prefeitura subsidia a muda, a emater dá o suporte técnico, através do engenheiro agrônomo Roberto Carlos, e os produtores adquirem as mudas a um preço abaixo do custo”, afirmou, reconhecendo outro importante parceiro do município, que só veio para Sacramento por força do novo incremento dado à cafeicultura no município, a Cocapec Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas, colocada entre as melhores do país.
“- O produtor não leva só a muda, pois o projeto prevê toda uma corrente de apoios, que começa com nossos técnicos da secretaria, a assistência da Emater e, agora, recebendo também opoio da Cocapec, que está ajudando os produtores com os técnicos, a compra do adubo e, ao final, ajuda também na venda do café. A Cocapec está muito satisfeita com o andamento do projeto”, destacou.
A Cocapec A Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas está sediada no município de Franca/SP, principal cidade da região da Alta Mogiana
Segundo Wesley, a lavoura de café é a mais social que existe, porque para cada cinco mil pés de café, precisa-se de uma pessoa diariamente. O viveiro está com 600 mil mudas de café, que vão gerar, no mínimo 120 empregos', explicou, ressaltando a qualidade das mudas todas certificadas.
Um dos melhores cafés do estado
Roberto Carlos Mendes, agrônomo da Emater, em entrevista ao ET, disse que Sacramento produz um dos cafés de melhor qualidade no Estado. “Por isso é importante incentivarmos o produtor para a cultura do café e melhorar cada vez mais para o município continuar sendo um dos melhores produtores de café no Estado”, afirmou, lembrando a premiação de produtores do município no concurso estadual em anos anteriores.
“O produtor Célio Onésimo de Barcelos está classificado entre os 20 produtores de café da categoria Cerrado, finalistas no concurso estadual deste ano, que teve a disputa entre 1.637 amostras das quatro regiões cafeeiras do Estado: Cerrado, Chapadas de Minas, Matas de Minas e Sul de Minas”, informou.
Cesar Adalberto Pirajá, mais conhecido por Coró, um dos grandes produtores de café do município, é outro parceiro da PMS com a compra de mudas. “Com certeza, foi uma iniciativa do Baguá, muito importante para o produtor e para o município. Aliás, é uma iniciativa boa para todos, porque este incentivo da prefeitura ajuda a fixar o produtor na zona rural, seja ele pequeno ou médio; vai gerar ICMS, gerar empregos, porque cafeicultura requer muita mão de obra. A prefeitura está de parabéns por este empreendimento e eu só tenho a agradecer. Sou parceiro do projeto assim como outros produtores, além disso há a alta qualidade das mudas”, elogiou.
Muda de café custa R$ 0,15
Explicou o secretário de Agricultura e Pecuária, Luiz Constantino Bizinoto, o Luizão, que o projeto foi implantado, no início do governo atual, e já distribuiu 1 milhão e 900 mil mudas de café e eucalipto aos produtores rurais que se inscreveram no projeto, a um preço de custo mínimo. “O preço de custo da muda de café para a prefeitura é de R$ 0,38, mas o produtor paga apenas R$ 0,15, e a muda de eucalipto é um pouco mais barata, compramos a R$ 0,23 e repassamos ao produtor por apenas R$ 0,10, essa diferença é subsidiada pela prefeitura”, informou o secretário.
As mudas são cultivadas em um viveiro de 1,5 hectare, próximo à ETE. De 2009, ano em que se iniciou o projeto, até agora, 2011, foram produzidas 900 mil mudas de café, distribuídas entre 150 produtores rurais. Quanto ao eucalipto, foram plantados 1milhão de mudas em três anos, e distribuídas a cerca de 450 produtores.
O projeto, segundo o secretário, começou em 2009 com o plantio de 200 mil mudas de eucalipto e 100 mil mudas de café, chegando neste ano a uma produção de 600 mil mudas de café, das variedades catuaí vermelho (IAC099 e IAC144), catuaí amarelo (IAC062); e 400 mil mudas de eucalipto, das espécies urophylla, urograndis e citriodora.
Os parceiros do projeto
Luizão ressaltou também o papel das parcerias do projeto. “Por se tratar de uma parceria público-privada, algumas instituições participam do projeto junto com a prefeitura: Emater, SAAE, Secretaria de Obras e o próprio produtor que adquire as mudas a um preço abaixo do custo”, explicou.
E assim cada um faz sua parte, ressalta Marcelo, que também trabalha nesse acompanhamento. “Por exemplo, aEmater cuida da análise da terra dos produtores, há o fornecimento de calcário, quando é necessária a correção do solo, porque a muda sai do viveiro com qualidade, com o documento (certificado de garantia) e a certidão de trânsito vegetal (PTV), indo para o plantio definitivo em solos adequados”, disse, reconhecendo que o engenheiro Roberto Carlos dá um suporte muito grande ao projeto. “É uma pessoa muito experiente, especialista em cafés, é o responsável técnico pela documentação e sempre vamos trocando experiências. Temos uma parceria muito boa, falamos a mesma língua”, destacou o técnico.
Musicalização nas escolas agora é lei
A partir do ano que vem, por força da lei 11.769/2008, é obrigatória na grade curricular dos ensinos fundamental e médio a disciplina de Musicalização. A legislação alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), fazendo da música conteúdo obrigatório, mas não exclusivo. As demais áreas artísticas deverão ser contempladas. A lei foi aprovada em 2008 e dado um prazo detrês anos para adaptação à nova regra. Pela justificativa da Lei 11.769/08, a musicalização nas escolas vai muito além da pretensão deformar músicos profissionais ou especialistas na área; a Educação Musical visa auxiliar no desenvolvimento cultural e psicomotor, estimular o contato com diferentes linguagens, contribuir para a sociabilidade e a sensibilidade e democratizar o acesso à arte, dentre outros objetivos.
Agora só resta saber se há profissionais da área dispostos a ministrar as aulas com o salário que é pago na Educação Pública?
Seleção rigorosa de sementes
A escolha, qualidade das sementes e plantio são feitos de acordo com a demanda do produtor no ato da inscrição, explica o diretor geral e técnico agrícola da secretaria, Marcelo Ricardo de Souza. “O projeto envolve um trabalho de pesquisa para conseguir boas sementes, com uma seleção criteriosa paracomprar as sementes, que muitas vezes não dão uma boa germinação, uma boa muda. E não é só plantar, tem que cuidar, há um acompanhamento diário das mudas, para evitar doenças, com uma quantidade determinada pelas inscrições feitas pelos produtores. Enfim, todo o procedimento de produção de mudas saem do Ministério de Agricultura com garantia fitosanitária, por isso temos o acompanhamento de perto das mudas, feito pelo engenheiro agrônomo da Emater, Roberto Carlos Mendes”.