Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Quem quer conhecer o reino da Bucolândia?

Edição n° 1267 - 22 Julho 2011

Vem aí o primeiro livro de Saulo Wilson, 'A Vida burlesca e agitada no reino da Bucolândia'

 

Sob autorização do autor, tivemos o grande prazer de ler os originais do livro do advogado Saulo Wilson, para uma apreciação antes de chegar ao prelo, com um cuidado: “Vejam se minha pena não magoa ninguém”.  Não somos críticos literários, mas sabemos distinguir o joio do trigo. E que agito Saulo faz no reino da Bucolândia. Não vemos a hora de ver o livro nas livrarias. 

Bucolândia é um lugar imaginário, com pessoas imaginárias, mas nem tanto, pois se parecem com muitas do nosso convívio ou das histórias que ouvimos. Suas atividades são, digamos, quase reais, mas de uma comicidade a toda prova. 

Lugar pacato, clima ameno, onde a paz reinante é quebrada  a cada capítulo por uma nova façanha, que começa a partir de...

 “Houve uma revolta na corte e o governo foi assumido pelo burguês Gegê,  que  depôs o barão de Alfenas, estabelecendo o governo da burguesia no império e,  consequen-temente,  no reino da Bucolândia.  Por imposição de Gegê,  através  do governador da província,  chegou à Bucolândia,  para assumir o governo  um plebeu de nome José Cabral,  mas que todos passaram a chamar de Zeca.  Foi Zeca quem modificou o panorama político do reino.  E, em razão dessa política,  apoiando a casa dos Cocais,  foi que, duas décadas depois, iniciou-se o reinado do marquês de São Miguel,  descendente do conde de Cocais...”. 

E, a partir daí, seguem-se histórias, cada uma mais fantástica do que a outra: a idéia da construção do velório, a aula de latim que virou protesto, os erros do escrevente Diogo...  

Conter o riso é difícil. Hilariantes, as histórias do burguesinho mineiro que virou baiano na capital paulista, do fazendeiro matando onça dentro do cinema. Os personagens são pitorescos e dão lição de esperteza e astúcia. Dentre eles, o Antônio Turco; o Zé Tomé; o Bolachinha; Demoura; Aleixo; Zé Lacraia; o trio Juca, Tito e Zé da Cutia; Lulius, o poeta boêmio, e vejam, até o “francês” do Cuia ganhou destaque...

Diz o ditado que filho de peixe, peixinho é e, aí está a prova. Saulo Wilson com “A Vida burlesca e agitada no reino da Bucolândia”, segue as pegadas do pai Homilton Wilson. Aquele, cantou Sacramento em prosa e verso e, este, canta-a com um humor sutil, agradável, de um modo que é  capaz de fazer rir e mais rir, sobretudo quando são identificadas as personagens.

Mande a obra pro prelo, Saulo.