Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Forte chuva faz estragos na cidade e na MG-464

Edição n° 1252 - 08 Abril 2011

A chuva continua provocando estragos no município. A forte chuva que caiu na região do povoado de Santa Maria e cidade, na tarde do sábado, 2, assustou a população, sobretudo os moradores, do Albergue Mariano, naquela comunidade; do bairro Perpétuo Socorro, que viram a av. Ana Cândida arrebentar o asfalto por conta da enchente do córrego Jacá, que também fez estragos no residencial Paulo Cervato III.

Os moradores da rua José de Castro, nesse residencial, disseram ao ET que viram a rua transformar-se num 'rio' com a enchente no córrego do antigo 'Chorão', que, por pouco, não invadiu as casas. “Fiquei desesperada, achei que a casa ia encher d'água, como já ocorreu há 12 anos. Todos saímos de casa pra ver o nível da água na rua e ficar atentos, porque rua e córrego era tudo uma coisa só”, disse uma moradora ainda assustada. 

Susto também para Marcilon Freitas Santos, que trafegava pela avenida Ana Cândida e foi obrigado a abandonou o veículo, que ficou preso nas placas do asfalto arrancado com a violência das águas. Cerca de 300 metros da avenida ficaram danificados. Funcionários da prefeitura e uma viatura da PM acorreram ao local para o apoio e interdição de uma das pistas.. O veículo preso no asfalto ficou avariado e foi retirado do local por familiares e populares. 

Na rodovia MG-464, a tubulação do córrego Lajeado, que desce do povoado de Santa Maria, na divisa entre as cidades de  Conquista e Sacramento estourou com a força da água. Parte da pista foi levada.  Houve também enchentes nos ribeirões dos Dourados e da Barra, naquele município. Uma antiga ponte, na entrada da Usina Mendonça,  foi levada pelas águas. 

À imprensa regional, o coordenador regional do DER, Paulo Cussi, disse que ficou impressionado com a destruição e a força das águas. A forte ventania também derrubou árvores. Segundo ele, “o córrego que atravessa a MG 464 passa através de dois enormes tubos de concreto, de três metros e meio de altura por três metros de largura e não comportou a água, que cobriu a pista, em aproximadamente 60 metros de extensão, assim como o aterro, que tem seis metros de altura”.

Na comunidade de Santa Maria, a ponte que liga Conquista e Sacramento foi destruída pela chuva.  A médica e vereadora em Conquista, Célia Menezes de Mello, que reside em Santa Maria, informou a situação é de calamidade em Santa Maria. “A forte chuva de sábado derrubou totalmente a ponte de divisa interna que liga os dois municípios, próxima ao Albergue Sinhô Mariano. Felizmente, na hora ninguém transitava por ela. Nos finais de semana há sempre muito movimento em Santa Maria, que agora ficará comprometido”, disse a vereadora.

 “Os moradores de Santa Maria, do lado de Sacramento – informou mais a vereadora Célia - estão ilhados, pois as condições da estrada municipal, se já eram críticas, pioraram muito a partir de sábado. Com a queda da ponte não há como deixar o local com carros menores. A perua que leva as crianças com necessidades especiais para tratamento na Casa Assistencial Bezerra de Menezes não conseguirá chegar lá. Também os funcionários que lá trabalham estão sem acesso”.

O empresário Rural, Claret Zandonaide, proprietário da fazenda Lajeado, informou que casinhas e cercas rodaram com as águas “o córrego Lajeado corta a fazenda e nunca vi estragos tão grandes, foi muita água. Casinhas menores, cercas, o que estava no caminho foi embora. Vai ser um prejuízo grande pra muita gente”. 


Conquista decreta ‘estado de emergência’ 

 

A exemplo  do que ocorreu em Sacramento, a Prefeitura de Conquista decretou   estado de emergência, em consequência da tromba d'água registrada na cidade. A tempestade, que teve duração de mais de três horas e meia, comprometeu o sistema de abastecimento e a população ficou sem água, pelo menos até a terça-feira. 

De acordo com o secretário municipal de Governo, Paulo de Tarso, para a imprensa regional, o decreto foi publicado na terça-feira, 5,  porque a  Prefeitura precisa conseguir  recursos do Estado para as  recuperações necessárias. “Seis pontes na área rural foram rompidas pela força da água. Choveu 165 milímetros na área urbana e mais de 200 milímetros na zona rural. Foram muitos prejuízos e não há como a Prefeitura arcar com estas despesas. Precisamos do apoio financeiro do Estado e já preparamos toda a documentação, inclusive com fotos dos locais atingidos pelo grande volume de água, para comprovar a necessidade deste decreto”, explicou. 

Ainda de acordo com o secretário Paulo, após o temporal foram encontrados muitos animais mortos nas fazendas da região. Ele confirmou também grandes prejuízos à agricultura local. “Cerca de 40% da área plantada foi afetada, não só devido a esta chuva, como também às outras vistas durante todo o mês de março”, afirmou.