ET registra a 1ª coroação à Nossa Senhora

O dia 31 de maio de 1981 está registrado nas páginas do jornal ET como um dos fatos importantes da história do município. Narra o jornal, na sua edição , nº 202, de 07 de junho daquele ano, que  a Fanfarra da EE Cel. José Afonso de Almeida, abriu, na madrugada daquele domingo, as solenidades que marcariam a primeira Festa da Padroeira do Município, instituída através da Lei nº 173, de 12.10.1980, de autoria do então prefeito José Alberto Bernardes Borges.

A lei votada pela Câmara Municipal, no dia 29 de setembro de 1980, dia consagrado a São Miguel Arcanjo, foi aprovada por unanimidade pela casa, inclusive por três vereadores espíritas, Hermócrates Correa (Dr. Dedé), José Rosa Camilo e Vani Ramos, além dos demais vereadores: Aziz Antônio dos Santos, Dora Cerchi, Genésio Carneiro da Cunha, Heliodoro Garcia de Rezende, João Bosco Araújo, João Magnabosco, Luiz Antônio Afonso (o Zim) e Walmor Júlio da Silva.

“Ao som do hino oficial do município, o prefeito José Alberto subiu os degraus da escada que o conduziram à Virgem  e, solenemente, debaixo de uma chuva de pétalas de rosas, coroou, pela primeira vez, a Padroeira de Sacramento, enquanto a multidão, reverenciada pelo espetáculo de fé, aclamava em vozes uníssonas os versos do Hino da Padroeira, composto por Ir. Maria Benigna de Jesus Martins: 'Por Padroeira, vos proclamamos e para sempre nos entregamos' ”, escreveu o jornal.

Ao lado direito da Igreja Matriz de Na. Sra. do Patrocínio do Santíssimo Sacramento foi inaugurado o Monumento da Padroeira, marcando oficialmente a data, foi inaugurado pelo prefeito José Alberto Bernardes Borges e pelo presidente da Câmara, Aziz Antônio dos Santos.

Na placa descerrada, a íntegra da Lei e o assentimento de Dom Benedito: “Aos 31 dias do mês de maio de 1981, a imagem de Na. Sra. do Patrocínio do Santíssimo Sacramento recebeu a insígnia da realeza, que a proclamou Padroeira do município de Sacramento, de acordo com a Lei 173, de 12.10.1980, com autorização máxima da arquidiocese. Dom Benedito de Ulhoa Vieira, arcebispo metropolitano”.

Prossegue a matéria veiculada na primeira página do jornal ET, afirmando que as cerimônias culminaram no Ginásio Marquezinho, com uma missa concelebrada por vários sacerdotes e presidida por D. Benedito, depois de uma apoteótica procissão até aquele ginásio de esportes, tendo o percurso sido decorado com cruzes luminosas. 

Ao final, com um público estimado em 5 mil pessoas, as autoridades constituídas fizeram a consagração do município a Nossa Senhora, que pouco depois deixaria o local, sob os aplausos de milhares de fieis, cedendo o espaço para a apresentação do coral, Madrigal Renascentista, de Belo Horizonte.

Irmã Benigna também coroou Nossa Senhora

Irmã Maria Benegna de Jesus Martins é autora do Hino da Padroeira e também da Bandeira de Sacramento. O ex-prefeito recorda o fato: A cidade deve muito a essa irmã maravilhosa. Por isso, fiz questão de estar em seus funerais em Lucélia, representando a cidade, em nome do prefeito Wesley. São dela o Hino à Padroeira da cidade e a Bandeira de Sacramento, que evoca no seu desenho estilizado, o marco histórico do nascimento da cidade, cujo centro está o Santíssimo Sacramento, simbolizado pelo círculo branco, cercado pelo coração da mãe, através das cores azul, representando o manto de Maria e o vermelho, a garra, a pujança e a luta desse povo que forma nosso município. Dez anos depois de compor o hino e fazer a bandeira, irmã Benigna foi condecorada com a Medalha de Nossa Senhora do Patrocínio do Santíssimo Sacramento. Naquele ano havíamos dado uma coroa nova pra Nossa Senhora e padre José Inácio de Medeiros nos convidou pra coroar Nossa Senhora, irmã Benigna e eu.