Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Cavalgada é alvo de críticas

Edição n° 1256 - 06 Maio 2011

Está mais uma vez comprovado que quantidade não é sinônimo de qualidade. Essa foi a conclusão de muita gente que presenciou a cavalgada de 2011 e assistiu à uma bagunça generalizada por parte de boa parte dos participantes. À redação vários telefonemas foram feitos pra criticar e cobrar do jornal uma opinião editorial a respeito. 

Atentos a opinião do leitor, resumimos aqui as manifestações ouvidas e, também, nossa opinião, sem no entanto deixar de elogiar o tradicional evento que, no próximo ano, completa 40 anos e cumprimentar seus organizadores e pessoas envolvidas, nas pessoas de Reginaldo (Zezé) Manzan e Carlos Miranon, o Branco.

1. O roteiro foi modificado em última hora. Estava provado que o roteiro antigo, muito extenso, trazia congestionamento. Anunciaram um novo roteiro, mais curto e sem cruzamento. O povo estava nesses locais esperando, no entanto, não obedeceram esse novo trajeto. Por quê? 

3. A bênção anunciada no início da cavalgada não aconteceu. Se a cavalgada tem também esse sentido de agradecimento e bênçãos aos patronos, S. José e Na. Sra. Aparecida, pois foi assim que ela surgiu, com Orlando Mariano e Pe. Julio Negrizollo, ela perdeu há vários anos esse sentido. É preciso resgatar esse sentido.

4. Por várias vezes o ET criticou a falta de pudor, os exageros na bebida, as paradas nos bares. Infrações de trânsito a toda hora, tratores com várias pessoas junto ao motorista, passando sobre os pés do público. Uma bagunça. E tudo continua igual.

5. Congestionamento em vários pontos da cidade, em especial, no bairro Chafariz e no centro, na rua Visconde do Rio Branco com av. Vigário Paixão. 

6. Pessoas, visivelmente, alcoolizadas dirigindo motos e veículos. Se depois da cavalgada, todos têm o resto do dia para se divertir no parque, bem que poderiam fazer uma festa bonita para o povo, para os turistas, sem o exagero das bebidas. 

E em relação aos jovens, ficam aí as perguntas: São menores ou não? Se forem, quem comprou a bebida foi um adulto? Se não foi, como os comerciantes venderam se a lei proíbe? Se forem menores, cadê os pais? A quem compete a fiscalização nesse aspecto? 

6. Falando em fiscalização, o evento fugiu à responsabilidade dos organizadores, Branco e Zezé, apenas duas pessoas para controlar um desfile com 2 mil cavaleiros. É impossível! É imperativo a contratação de seguranças para dirigir o desfile. Por que não cobrar uma taxa de inscrição para ajudar nessas despesas?

O ET, durante a cobertura  ouviu muitos comentários do tipo “a cavalgada virou bagunça”; “Ih, a cavalgada acabou”, “Tem gente que vem só pra fazer bagunça”. Conclusão, a cavalgada cresceu demais, mas de forma desorganizada, o que acabará por desmotivar muitas comitivas organizadas, que primam pela participação, todos uniformizados e enfileirados, de participar. A cavalgada precisa ser revista, do contrário deixará de ser um atrativo turístico, cultural e tradicional.  

Veja as sugestões colhidas:

1. Inscrição para todos os cavaleiros.

2.Exigir comitivas uniformizadas (camisetas ou camisas iguais), organizadas, identificadas com nome e local de origem. 

3. Criar um regulamento, contendo as normas de como se portar durante a cavalgada. 

4. Um novo horário de saída, às 9h00, impreterivelmente. 

5. Reunir um maior número de pessoas na organização, na fiscalização durante o trajeto. 

Com isso, sem dúvida nenhuma, a cavalgada voltará a ser que sempre foi, organizada, bonita, alegre e no final todos sairão ganhando, os participantes, a público sacramentano e turistas, enfim, à cidade.