Apenas 37 irmãos da Santa Casa (SC), dos mais de 200 inscritos, reuniram-se nessa quinta-feira 30, no salão de festas da CIJU, para tratar da alteração estatutária da instituição e, a pedido da Paróquia Basílica, através do pároco, Pe. Ricardo Alexandre Fidelis, também, da questão dos prédios da capela e da clausura construídos pela comunidade para servir às Irmãs de São José do Cluny.
Após a oração inicial, o advogado Jorge David Batista discorreu sobre a necessidade de duas alterações estatutárias: a primeira, sobre a eleição da diretoria que, conforme o estatuto, deveria ocorrer em fevereiro e, no entanto, desde 2010, ocorre em dezembro; a outra, em relação às eleições da Diretoria e do Conselho Fiscal. Pelo estatuto, a eleição da Diretoria deveria ser realizada nos anos pares e, do Conselho Fiscal, nos anos ímpares, no entanto, ambas foram realizadas em 31/03/2017.
O advogado sugeriu também a prorrogação do mandato da diretoria, que encerraria no próximo dia 2 de abril, até o final de dezembro. Colocada em votação, as duas pautas, da mudança da data da eleição para dezembro e a prorrogação do mandato da atual diretoria, foram aprovadas por 23 votos a favor e 14 contrários.
A terceira pauta da reunião tratou da questão da Capela e da Clausura que serviu às irmãs. A diretoria da Santa Casa quer a clausura de volta para ser transformada em arquivo de papeis da instituição e o pároco defende a sua transformação num memorial dedicado ao sacerdote sacramentano, Pe. Vítor Coelho de Almeida, cujo processo para sua beatificação tramita no Vaticano.
A vice-provedora, Alzira Jerônimo Almeida, justificando a necessidade do espaço, afirmou que, por lei, os prontuários médicos devem ser arquivados por, no mínimo 20 anos, e, usando a clausura, desocuparia espaços para serem usados como quartos.
Segundo o pároco, tanto a Capela como a Clausura das Irmãs foram construídas para cumprirem uma finalidade religiosa e assim devem continuar, com o Memorial dedicado a Pe. Vítor e como clausura para abrigar as irmãs da nova congregação que vai assumir a Ciju, a partir de junho próximo, quando as irmãs de Cluny deixam a cidade.
Aberto para o debate, usaram a palavra, os irmãos Bruno Scalon Cordeiro, José Alberto Bernardes Borges, Paulo Sérgio Cândido, Renato Bizinoto, Emílio Freitas, todos favoráveis a que a paróquia assuma os espaços, até para preservação da história local e do trabalho realizado pelas irmãs da Congregação de Saint Joseph de Cluny, que aqui permanecem desde 1961.
O empresário Vani Ramos falou em favor da Santa Casa, destacando a necessidade de sua ampliação num futuro, vez que é o único hospital da cidade. Mas, por se tratar de patrimônio da entidade, há a necessidade da presença de pelo menos 1/3 dos irmãos em dia com as anuidades, no caso, 71. Assim foi marcada nova assembleia para o dia 26 de fevereiro.