Sacranet regulariza situação junto a Anatel

Os usuários do provedor Sacranet se viram sem acesso à internet a partir da manhã da última quinta-feira, 25, e logo, a especulação foi crescente, a ponto de os inescrupulosos chegarem a dizer que o empresário Willian Zago, proprietário da empresa, estava foragido, ou que o provedor teria fechado, esquecendo-se do pioneirismo e seriedade da empresa, fundada em 1996, propiciando à cidade o serviço. 

Tudo começou por conta de uma denúncia anônima à Anatel, segundo Willian, na última semana, por falta de licença junto àquele órgão. “Fecharam a Estrela NET na segunda e a SacraNET na quinta-feira. No nosso caso, aconteceu o seguinte: Desde a fundação, estávamos funcionando normalmente com em convênio com outro provedor licenciado, o que era perfeitamente possível e legal, com toda a documentação arquivada. Em meados de 2009, fomos notificados, mediante a edição do Decreto-lei 506, de que esse tipo de licença estava proibido”, explicou.

Durante todo esse tempo o proprietário vem correndo atrás da regularização, mas o processo, segundo ele, é demorado. “O processo de licença é demorado, leva oito meses ou mais. Existem casos em que as pessoas conseguem a licença SCN para operação multimídia, em três meses, mas são casos raros. Quem quiser confirmar que foi denúncia é só ligar no 133, que tem as informações”, disse ao ET, no sábado à tarde, já com toda a documentação organizada. “Vou amanhecer em Belo Horizonte na segunda-feira e logo que entrar com os papéis a disponibilidade do serviço é imediata”, afirmou.

Em vista da denúncia, os técnicos da Anatel proibiram a emissão do sinal. “Eles, foram muito educados, mas disseram que não podíamos continuar a emitir o sinal, orientando o que deveria ser feito. “Na quinta-feira fui para Uberaba impetrando junto a um juiz federal um mandado de segurança, para garantir o sinal aos usuários até a regularização dos papéis, que já estava em tramitação. Falaram na cidade que eu estava foragido, mas não é verdade. De Uberaba fomos para BH e lá tudo será regularizado”, disse. 

De fato, na segunda-feira, por volta das 10h00 o provedor SacraNET passou a emitir o seu sinal.

Willian lamenta o ocorrido e pede a compreensão dos usuários

Lamentando toda a ocorrência e pedindo desculpas e compreensão aos usuários da SacraNET, William disse que levou um susto muito grande, quando os fiscais da Anael chegaram com a ordem de proibição do sinal. “São anos de trabalho, foi muito investimento nesses 14 anos. E prá nós estava tudo regularizado. E desfazendo todo o boato, nunca pensamos em sair do mercado. Continuamos firmes. Já passamos por situações piores e superamos e vamos superar essa também. Não estou foragido...”, disse, pedindo desculpas pelo transtorno.

“Foi tudo muito rápido, os funcionários nem sabiam o que estava acontecendo, porque eu saí imediatamente atrás de uma solução, seguindo orientação dos próprios agentes federais, cumprindo aqueles procedimentos.”, disse mais.  “Foi uma denúncia, mas Sacramento tem lugar para a boa e livre concorrência e para todos nós. Mas nosso setor jurídico apurou junto a Anatel, que se trata de denúncia. A Anatel  quando faz vistoria de rotina, ela envia um comunicado antes, quando ela chega sem aviso prévio é em função de denúncia e foi o que ocorreu. E milhares de usuários estão prejudicados, pela falta de bom senso de quem fez a denúncia”, admitiu. 

“Com esses esclarecimentos, se Deus quiser, disse mais Willian, vamos mostrar que não agimos de má fé. Nosso servidor está operando normalmente, recebendo tudo, só não podemos liberar para os usuários, ainda, mas tudo vai voltar ao normal”, afirmou, pedindo a compreensão e apoio de seus clientes. “Estamos sofrendo  as consequências de uma denúncia, uma coisa inusitada aqui mas já passamos por diversas dificuldades e superamos e vamos superar essa também”, reafirmou, lembrando que a SacraNET, pela sua estrutura, pode trazer muitos benefícios à cidade. “Hoje temos a maior estrutura na cidade e com a volta dos serviço, vamos voltar com coisas muito boas para os usuários. Há males que vêm para o bem e esse mal que houve, de certa forma, vai trazer benefícios, que vamos estar passando para os nossos  usuários. Peço a compreensão de todos, porque  isso é uma coisa que estava fora do nosso alcance, quem tem um pouco de conhecimento nessa área, sabe que demanda tempo. Há coisas que fogem do nosso alcance, estou fazendo esse esclarecimento, lamento o que houve  e espero contar com o apoio e a colaboração de todos”, concluiu.