Moradores da rua Dorica Borges, localizada entre o Bosque do Ipê e o quarteirão ao lado do Poliesportivo Marquezinho reivindicam o asfaltamento da via, alegando tratar-se de promessa antiga, desde o início da construção do Centro de Cultura, Esporte e Lazer, um complexo idealizado pelo ex-prefeito Nobuhiro Karashima – Dr. Biro, cuja construção teve início em março de 2003, e logo foi embargado.
O local, na verdade, é uma imensa área de preservação permanente, compreendendo a antiga 'Areinha', nascentes e matas ciliares do ribeirão Borá, razão do embargo da obra pelo Ministério Público.
De acordo com o engenheiro da PMS, Sérgio Alves Araújo, um acordo entre herdeiros de Thaís Silveira Skaff e o município de Sacramento, ainda na administração do ex-prefeito Biro, firmou-se o seguinte acordo: A Prefeitura desapropriaria uma área de 44 mil m² (um alqueire) para a construção do Centro de Cultura, Esporte e Lazer, onde seria construído o 'sambódromo' da cidade, um estádio e um centro de cultura. As obras foram embargadas através de uma ação civil pública, por conta do impacto ambiental que causaria.
Em contrapartida, a Prefeitura asfaltaria 463 metros lineares de ruas com 12 metros de largura, no loteamento que limita com a área desapropriada, onde ao longo dos últimos oito anos, o empresário Vicente Eustáquio da Matta – Tim, colocou lotes a venda, povoando a rua, sem no entanto, a devida infraestrutura asfáltica.
No governo seguinte, administração do ex-prefeito, Joaquim Rosa Pinheiro, segundo o engenheiro Sérgio, atendendo sugestão do Ministério Público, todo o complexo do ex-prefeito Biro foi transformado em um projeto de valorização do meio ambiente e sem causar tanto impacto, ratificando-se o compromisso de asfaltar aquelas vias públicas.
Foi quando nasceu o Parque do Ipê: a 'Areinha', onde seria construído o estádio, foi transformada em uma área verde, as margens do ribeirão foram cercadas e arborizadas e o restante da área continua como APP , ou seja, área de preservação permanente, conforme determina o código florestal.
“Mas o fato é que passaram duas administrações e chega agora, já na metada do governo Wesley De Santi de Melo, e a promessa não foi cumprida”, queixou-se um dos moradores da rua, já toda povoada, revelando que querem fazer um protesto, pra ver se sensibilizam o prefeito para cumprir o prometido.
Obra para o asfaltamento já foi licitada
Ainda de acordo com o engenheiro Sérgio Alves de Araújo, a rua Dorica Borges só não foi asfaltada ainda, por conta do período eleitoral. “O prefeito Wesley conseguiu com o deputado Marcos Montes, uma verba do Ministério do Turismo, no valor de R$ 314.592,16, para asfaltamento dessa via e de outras da cidade, como as ruas Coronel Memeco, Salomão Jacób e Inconfidentes. O convênio foi assinado com a Caixa Econômica Federal, em dezembro de 2009 e a licitação já foi feita, tendo como empresa vencedora, a Vecol Terraplenagem e Pavimentação, de Araxá”, informou.
Disse o engenheiro que a rua Dona Dorica Borges terá toda a infraestrutura urbana, com adequação e execução do asfalto de quatro centímetros de espessura, largura de 12 m, passeios, rampa de acessibilidade, colocação de placas, pintura e sinalização. “O que falta para a execução dessas obras é simplesmente a liberação do recurso, a licitação já foi feita e está tudo pronto de nossa parte, com o prefeito Wesley fazendo todo o empenho para que, principalmente a rua Dona Dorica Borges, seja asfaltada, o mais rápido possível”.
O advogado Vicente Eustáquio da Matta, empresário responsável pelo loteamento, confirmou as declarações do engenheiro Sérgio Araújo, reclamando do prejuízo que teve no período. “É diferente vender um lote para um cliente em uma rua asfaltada de uma outra sem pavimentação, no mínimo, o terreno valeria R$ 5 mil a mais”, disse, aguardando também a obra.