Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

História do Dia de Finados

Edição n° 1230 - 05 Novembro 2010

O Dia de Finados é o dia da celebração da vida eterna das pessoas queridas que já faleceram. É o Dia do Amor, porque amar é sentir que o outro não morrerá nunca. 

É celebrar essa vida eterna que não vai terminar nunca. Pois, a vida cristã é viver em comunhão íntima com Deus, agora e para sempre. 

Desde o século 1º, os cristãos rezam pelos falecidos; costumavam visitar os túmulos dos mártires nas catacumbas para rezar pelos que morreram sem martírio. No século 4º, já encontramos a Memória dos Mortos na celebração da missa. Desde o século 5º, a Igreja dedica um dia por ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém se lembrava. Desde o século XI, os Papas Silvestre II (1009), João XVIII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a comunidade a dedicar um dia por ano aos mortos. Desde o século XIII, esse dia anual por todos os mortos é comemorado no dia 2 de novembro, porque no dia 1º de novembro é a festa de "Todos os Santos". O Dia de Todos os Santos celebra todos os que morreram em estado de graça e não foram canonizados. O Dia de Todos os Mortos celebra todos os que morreram e não são lembrados na oração.

Mons. Arnaldo Beltrami – vigário episcopal de comunicação

 

Fonte: http://www.arquidiocese-sp.org.br

 

Crendices e superstições com a morte

 

Quando morre uma pessoa, deve-se abrir todas as portas para a alma sair. Fecham-se porém os fundos da casa. A alma deve sair pela frente. A casa não deve ser fechada antes de sete dias pois o fel (as vísceras) do defunto só se arrebentará nesse prazo. Então a alma vai para o seu lugar. A novena de defunto é para a alma ir para onde foi destinada. 

 Não se deve chorar a morte de um anjinho, pois as lágrimas molharão as suas asas e ele não alcançará o céu.

 Quando numa procissão, o pálio para defronte de alguma porta de uma casa, é isso presságio de morte de alguma pessoa dessa casa, porque o pálio para sempre defronte às janelas.

 Homem velho que muda de casa, morre logo.

 Quando a pessoa tem um tremor, é porque a morte passou por perto dela. Deve-se bater na pessoa que está próxima e dizer: Sai morte, que estou bem forte.

 Acender os cigarros de três pessoas com um fósforo só, provoca a morte da terceira pessoa. Outra versão: morrerá a mais moça dos três fumantes.

 Derrubar tinta é prenúncio de morte.

 Quando várias pessoas estão conversando e param repentinamente, é que algum padre morreu.

 Perder pedra de anel é prenúncio de morte de pessoa da família.

 Quando uma pessoa vai para a mesa de operação, não deve levar nenhum objeto de ouro, pois se tal acontecer, morre na certa.

 Não presta tirar fotografia, sendo três pessoas, pois morre a que está no centro.

 Doente que troca de cama, morrerá na certa. Outra versão: não morrerá.

 Não se deve deitar no chão limpo, pois isso chama a morte para uma pessoa da família.

 Quando pessoas vão caçar ou pescar, nunca devem ir em número de três, pois uma será picada por cobra e morrerá na certa.

 Quem come o último bocado morre solteiro.

 Se acontece de se ouvir barulho à noite, em casa, é que a morte está se aproximando.

 Quando morre uma pessoa idosa, morre logo um anjo seu parente (criança) para levar aquela para o céu.

 Defunto que está com braços duros, amolece-os se pedir que assim faça.

 Defunto que fica com o corpo mole é indício de que um seu parente o segue na morte.

 Quando o defunto fica com os olhos abertos é porque logo outro da família o seguirá.

 Não se deve beijar os pés de defunto, pois logo se irá atrás dele, morrendo também.

 Na hora da morte, fazer o agonizante segurar uma vela para alumiar o caminho que vai seguir.

 Em mortalha, a linha não deve ter nó.

(ARAÚJO, Alceu Maynard. Folclore nacional, São Paulo, Edições Melhoramentos. v. 1)