A família Olímpio Oliveira reuniu no final de semana, num encontro memorável de resgate dos laços familiares e para conhecer
a nova geração de José Olimpio Oliveira e Maria Luiza Oliveira que, na quarta geração, somam 386 descendentes. A ideia da festa foi da sobrinha, Marimar. “Ela é filha do tio Omar, esteve aqui e falou da vontade de fazer a festa dos Olímpios, mas parou aí. Em abril, meu primo ligou dizendo que estavam reunidos, lá em Goiânia, os meus tios Omar e Guiomar e a Marimar para preparar a festa e que a data seria em novembro. Comentei com a minha nora Gilmara, que é muito festeira, e ela logo deu andamento, agitou na organização e a festa saiu”, conta Maria José, viúva do saudoso marceneiro Cassiano.
O nome Olímpio entrou na família por adoção, conforme explica Maria José. “Olímpio não era assinatura, era o primeiro nome do meu tataravô, Olímpio Miguel Oliveira, e minha tataravó, também se chamava Olímpia. Aí começaram os nomes, José Olimpio Oliveira, que era meu avô, o Antonio Olímpio, que faleceu num acidente de caminhonete, e por aí vai. Todos os filhos tinham Olímpio no nome e virou a assinatura da família, mas tirado do nome dos tataravós. E a família é grande e muita gente não se conhece, por isso estamos reunindo a família de José Olímpio de Oliveira (Maria Luiza de Oliveira) para uma missa na Igreja Matriz e um almoço no Pacheco's Buffet, neste domingo”, conta, rodeada de parentes que já chegavam no sábado.
E, dentre os Olímpios Oliveira que chegaram no sábado, lá estava Josefa Maria do Prado, 99 anos completos em 27 de agosto. É a mais longeva da família e lúcida como poucos de sua idade, brincalhona, risonha e muita alegre conta detalhes da festa. “O pessoal vai fazer uma festa. Eu moro em Uberlândia há mais de 50 anos e vim rever minha terra natal, só não vou lá na fazenda Soledade, perto dos Oliveira, onde eu nasci, mas vim aqui na cidade”, diz, recordando: “Minha vida foi muito bonita, meu marido era professor, Ranulfo Raimundo do Prado, deu aula na zona rural daqui e de Uberlândia”.
Sobre a família, Da. Josefa fala de sua ascendência. “Miguel Olímpio de Oliveira é meu pai, o José Olímpio de Oliveira é meu irmão, pai da Maria José, mulher do Cassiano, que está organizando a festa. Ela é filha da Geralda, minha sobrinha, filha da Geralda e do Sebastião Coelho. A família todo reunida, uma beleza, mas eu não conheço muita gente... A Maria José, por exemplo, eu não conhecia mais... Eu lembro quando ela e os irmãos nasceram, o José Olimpio me buscava pra ficar com a Fiica (Maria Luiza), mas depois não vi mais e esqueci. Tem muita gente que eu não conheço’, afirma.
‘‘A família é a base da sociedade...’’
Ao ser questionada se lembrava de Antônio Olimpio, diz com uma gargalhada. “Conheci demais, pois ele era meu irmão”. E pensando um pouquinho, emenda: “Ele morreu de acidente na caminhonete do primo dele. Foi triste”.
José Olímpio de Oliveira e Maria Luiza de Oliveira tiveram 11 filhos: Geralda (mãe de Maria José), Osvaldo, Otávio, Olavo, Maria José, Tereza, Lúcia, Oraldo, Olímpia, Omar e Guiomar e cada um deles constituiu família, chegando hoje à quarta geração, que somam 386 descendentes. Motivos demais para comemorar.
E festa, animação, alegria e emoção não faltaram na festa, com todos participando da missa em ação de graças, celebrada às 9h30, no domingo e depois a confraternização no Pachecos' Bar, onde se reuniram cerca de 250 pessoas vindas de 14 cidades: Araxá, Brasília, Goiatuba, Goiânia, Itumbiara, Ituverava, Jeriquara, Morrinhos, Ribeirão Preto, São Paulo, Sorocaba, Trindade, Uberaba, Uberlândia e, claro, os sacramentanos.
Para Maria José, a felicidade da família está completa. “O Papa João Paulo II dizia que a “a família é a base da sociedade e o lugar onde as pessoas aprendem pela primeira vez os valores que lhes guiam durante toda sua vida”. Por isso, agradecemos a Deus por fazemos parte da vida daqueles que acreditam que o ontem não é passado, acreditam que o passado está vivo e é a razão da nossa existência, por isso a realização do nosso encontro”.
Prosseguindo, agradece a presença dos parentes. “Agradecer àqueles que acreditam que o amanhã é futuro, mas que acreditam sobretudo, que o hoje é uma dádiva, porque é um presente, refletido nos descendentes de vovô Olímpio e vovó Olímpia, do vovô José Olimpio e da vovó Maria Luiza, dos tios todos... São quatro gerações: avós, tios, filhos, netos, bisnetos e tataranetos que carregam o nome e a coragem passadas de geração a geração, a exemplo de tia Josefa, nos seus 99 anos; tia Olímpia, aos 91, que infelizmente não pôde vir. Foi muita felicidade para todos nós essa reunião”, finaliza.