Luciene Aparecida dos Santos, moradora da casa nº 106, no Jardim Primavera acionou a polícia e os vizinhos chamaram a imprensa para denunciar a 'imundície' causada na casa de Luciene, pela segunda vez, em seis dias. “Quando chove, o esgoto volta e sai pelo crivo do banheiro e na caixa de esgoto na porta da cozinha. É uma imundície de fezes e mal cheiro, que ninguém suporta. Choveu no final da semana, foi aquela sujeira. Com esta chuva de hoje tudo se repetiu. Vem tudo pra dentro de casa, as fezes ficam boiando e o mau cheiro é terrível. Hoje não agüentei e liguei pra polícia, porque alguém tem que resolver isso aqui”, reclamou Luciene, que tem duas filhas, uma de cinco e outra de nove anos.
Luciene mora na casa desde o final de 2008, quando o residencial foi inaugurado pelo ex-prefeito, Joaquim Rosa Pinheiro. “Até o ano passado as coisas correram bem, mas nas chuvas deste ano o problema apareceu”, disse, mostrando a caixa de esgoto no pátio, por onde retorna a sujeira. “O esgoto arrebenta esta tampa e inunda todo o pátio, as fezes boiando e a gente com um rodo, raspando a água para fora, para não espalhar pela casa. É revoltante isso”, explicou.
Para piorar a situação de Luciene e de outros moradores da rua, na implantação do residencial, não fizeram galeria para água pluvial. Uma outra caixa de esgoto no começo da rua, em frente ao número 66, também não suporta a pressão e deixa vazar o esgoto que escorre a céu aberto pela sarjeta até uma área de pasto anexa ao residencial. “Quando o sol esquenta, a gente custa agüentar o mau-cheiro. Ali no pastinho vai juntando a água fedorenta e quando o sol esquenta o fedor é terrível. Fico até com dor de cabeça”, reclama outra vizinha, sugerindo a construção de galeria e bueiros.
Para um vizinho, o problema está na caixa receptora do emissário da Estação de Tratamento e Esgoto – ETE, muito pequena para a quantidade de esgoto recolhido, e que, não suportando o volume, provoca todo o problema. “A caixa coletora do esgoto fica ali no pastinho, acho que ela enche e a água com fezes volta e fica escorrendo. Só pode ser isso, pois quando chove a tampa chega a levantar com a água que sai.
Segundo os moradores, já reclamaram com o serviço de água, o SAAE, que esteve no local, sem apresentar uma solução. O diretor Osny Zago, em viagem para Araguari, ouvido pelo jornal por telefone, reconheceu o problema, informando que falaria a respeito da matéria, na próxima edição.