Para Roberto Marques, coordenador do Abrigo Lar Doce Lar , a atitude dos jovens da TJ-P é de extrema importância para a entidade. “O abrigo funciona na Vila Alexandre Simpson, do saudoso Pastor Leonardo Nye. No tempo da juíza Cíntia Fonseca foi feito um ajuste com o poder Judiciário e aquele espaço foi cedido ao Lar Doce Lar da Criança, para abrigar crianças encaminhadas para lá por ordem judicial. São crianças carentes, vítimas de maus tratos, abandono. Não abrigamos lá menores infratores nem usuários de droga, apenas crianças em situação de risco”, explicou.
O material de construção encaminhado pelos jovens, segundo Roberto, será empregado na construção de uma área de 300 m², destinado a dormitórios masculinos, refeitório cozinha e lavanderia anexa. “E também alojamento para os monitores que trabalham e residem no local . São duas famílias que têm filhos e que moram lá cuidando das crianças”, justificou, o responsável pela entidade.
Roberto agradeceu a doação, enaltecendo o trabalho da TJ-P. “Queremos desde já agradecer ao TJ-P e a todos as pessoas que se envolveram no projeto. Os diretores do Lar Doce Lar somos todos voluntários, pelo amor e carinho que temos pelas crianças. Muitas vezes precisamos de alguma coisa e encontramos portas fechadas, por isso agradecemos atitudes como a desses meninos. Em nome da diretoria e de cada criança que ali mora queremos agradecer”, agradeceu.
A entidade assiste hoje 24 crianças como internos e mais três que são filhos dos monitores, todas recebendo o apoio necessário para que uma criança possa viver e sobreviver. “E, quero pedir à sociedade, que visite a casa, as crianças, não para procurar defeitos, porque há muita coisa a ser feita ali, mas para nos ajudar. Estamos ali há três anos, é um lugar bonito, tranqüilo, limpo, amplo, com muito verde, mas que precisa de melhorias”, informou.
Segundo Roberto, mais de 100 crianças já passaram pelo abrigo, que é uma casa temporárias para as crianças que ficam ali só até os 18 anos, mas merecem respeito,a tenção e qualidade de vida. Ali atendemos não só crianças de Sacramento, mas de outra cidades, crianças que fugiram de casa e ali ficaram até retornar às suas cidades. O nosso maior objetivo ali é formar pessoas, interagindo com a sociedade e com as suas famílias, o que não é fácil porque, normalmente, são filhos de famílias desestruturadas. E queremos que as crianças tenham futuros diferentes do de seus pais. Para isso, precisamos de ajuda. A base estrutural da sociedade é a família e se ela está bem estruturada toda a sociedade vai se beneficiar”, justifica o presidente.