Bucolândia e coisas mais...

Velho político, eleito em oito legislaturas, José de Oliveira, o Zueira, nos negócios também fazia zoeira.  Comerciante de gado, certa feita foi à fazenda do Conde de Cocais e negociou uma partilha de bois. Acertado o preço, recomenda o Conde: “Vê lá, Seu Zueiro, pagamento em dinheiro, na bucha!”. “Tá”, assentiu Zueira, colocando os bois na estrada. Vai ao Conde e pergunta: “Quanto lhe devo?” “Duzentos contos de réis”, responde o Conde. Zueira saca do bolso uma caneta e uma nota promissória e preenche. Em voz alta, reclama o Conde: “Falei pra você que era em dinheiro. Na bucha”. Com seu vozeirão, Zueira sai com essa: “E essa promissória não é uma bucha?!!”, deixando o Conde engolindo em seco e esperando por mais um mês o vencimento da nota.                           (No Reino da Bucolândia, de Saulo Wilson)