“As procissões que acontecem na cidade como cerimônias que marcam o feriado nacional do dia 12, o Dia de Nossa Senhora Aparecida, serão marcadas pela fé, mas com a maior segurança possível”. Com essas palavras, o secretário de Cultura e Turismo, Amir Salomão Jacob, explicou em entrevista ao jornal, como serão realizadas as duas procissões. Primeiro, neste sábado, 10, a Procissão Luminosa, uma caminhada de 12 quilômetros, de Sacramento até a Gruta dos Palhares; e, depois, a Procissão Fluvial, do dia 12, da estação de Jaguara até à estação do cipó, através do rio Grande.
Segundo o secretário, a ideia era realizar apenas as Procissão Fluvial, mas recebeu muitos pedidos para realizar também uma procissão para as pessoas que não têm barco poder levar a padroeira do Brasil. “Inicialmente tínhamos pensado apenas na procissão fluvial, porque Nossa Senhora Aparecida veio das águas, mas depois vimos que as pessoas que não têm barcos seriam privadas da participação na festa e houve muita cobrança, ou seja, o povo quer carregar a imagem, por isso idealizamos a procissão das velas, que será a pé até a Gruta dos Palhares”, justificou.
Anualmente, segundo Salomão, no sábado que antecede o feriado do dia 12, a imagem será levada para a ermida que será construída no Cipó, numa procissão a pé. Para a procissão deste sábado, estarão à disposição dos fieis 800 tocheiros com velas, feitos com garrafas plásticas. “A procissão sai da porta do cemitério e vai até a Gruta dos Palhares. À frente, teremos carros batedores orientando o trânsito da estrada. A procissão vai ocupar a faixa da direita, com o andor à frente, transportado em um carro feito especialmente para o transporte da imagem, e empurrado pelo povo”, explicou.
O secretário pede, apesar da orientação e apoio que serão dados pelos carros batedores, cautela para os motoristas, pois haverá muita gente na caminhada. “As pessoas que não conseguirem percorrer os dez quilômetros, haverá ônibus para recolhê-las e, também na volta, a Prefeitura vai disponibilizar transporte para todos”, disse, lembrando que haverá postos de apoio pelo caminho, com água, e uma ambulância também estará à disposição.
O percurso de dez quilômetros, segundo Salomão deve ser percorrido em torno de 2 a 2,30 horas. Sobre a alimentação, disse que na Gruta dos Palhares serão vendidos sanduíches, mas as pessoas poderão levar o seu lanche, tanto no sábado, quanto no dia 12. “A Estação do Cipó ainda não oferece condições de ter um local para comercializar alimentos, as pessoas podem levar, mas a Paróquia terá uma barraca, onde comercializarão sanduíches e refrigerantes”, informou.
Procissão Fluvial
A procissão fluvial terá inicio às 8h30, saindo do poção de Jaguara (ao lado do Rancho dos 13). Ali há um embarcadouro público, quem quiser sair do Cipó e subir o rio até Jaguara, também pode. No Cipó há também um embarcadouro público. São 12 km de rio e a duração do trajeto até o Cipó deverá durar 1h30. “Não é disputa, não é competição, é uma procissão, ninguém precisa correr, ultrapassar. A imagem irá à frente e logo atrás os barcos. Chegando ao Cipó, os barcos contornarão a ilha Belém e retornam até o Cipó, onde todos desembarcam para a missa e queima de fogos ao meio-dia”, explicou o secretário Amir Salomão.
Para a procissão poderão ser utilizados todos os tipos de barcos, caiaque, Jet ski e canoas a remos, porém a exigência é grande quanto à segurança. Só poderá participar, entrar na água, quem estiver com equipamento de segurança. “Sem colete salva-vidas não vai, não será permitido excesso de pessoas em barcos e quem vai supervisionar essa parte será o Corpo de Bombeiros e a Polícia Meio Ambiente. As pessoas serão retiradas e ficarão no barranco”, alertou, recomendando os proprietários que enfeitem os seus barcos. “Esse é o início, mas a ideia é, a partir dos próximos anos promover shows no Cipó, eleger o barco mais bonito, enfim fazer dessa festa um momento religioso e cultural”, finalizou.