As ruas centrais de Sacramento viveram um intenso clima de carnaval, desde a noite da sexta-feira, até a manhã da quarta-feira de cinzas, 28. Os dois primeiros dias, a partir das 24h00 caiu forte chuva na avenida, o que espantou um pouco os foliões mais comportados, que se esconderam debaixo das marquises e toldos da avenida. Mesmo assim, a animação continuou para os mais jovens que, encharcados, cantavam e dançavam, exibindo seu frenetismo de juventude.
Foi nesse clima de total animação, com metade do público que invadia a cidade nesses quatro dias, tornando insuportável a avenida, que Sacramento viveu um gostosíssimo carnaval. A era das marchinhas, que havia cedido seu espaço para o axé baiano, agora foi a vez da Bahia ser desbancada pelo funk e rap, hip hope e rock pop. A velha guarda, raramente era lembrada com as velhas e inesquecíveis marchinhas. Os grandes e memoráveis sambas de enredo ou de sambistas famosos também passaram em branco.
No sábado, o Momo José Eustáquio da Silva Filho Tacão e a rainha Glauciele Cristina Miguel, acompanhados pela rainha 2005, Caprice Cristina Borges Silva, receberam as chaves da cidade do prefeito Joaquim Rosa Pinheiro, abrindo oficialmente a festa. Sem concurso para as escolhas, o Rei Momo, Tacão, 34, e a rainha Glauciele, 17, aceitaram de bom grado o convite da comissão organizadora. "Meu sonho era ser rainha do Carnaval, meu coração está acelerado. Entrar nessa avenida foi uma realização para mim", disse Glauciele. Tacão por sua vez se confessou também orgulhoso. "Quando o pessoal me chamou, não acreditei, foi a maior surpresa. Apesar de eu estar na avenida há muitos anos na Bateria da Treze de Maio, desfilar como Rei Momo foi demais", disse, acrescentando que por ser rei momo não integrou a bateria verde e branco.